domingo, setembro 27

Capítulo Vinte e Cinco

Capítulo 25 – O Orfanato



Era uma propriedade do ‘Ethos’ à beira de um penhasco, uma casa ampla com um pátio ainda maior onde Elly, Bart e Rico encontraram todo o tipo de crianças, humanas e meio-humanas que, segundo o ‘Ethos’, tinham sido reunidas ali por serem órfãos sem lar. Billy era o responsável pelo orfanato, que também era a sua casa. Foi na biblioteca que o encontraram, e ele ficou feliz em revê-los.
_ Oh, como estão? Como está indo Fei?
_ Muito bem –Elly respondeu – Ele não recuperou a consciência ainda, mas deve despertar em breve.
_ Mesmo? – Billy sorriu – É bom ouvir isso.
_ Ah, Billy... Eu realmente não sei como agradecer a você por ajudar Fei – Elly murmurou, sem jeito, mas Billy meneou a cabeça.
_ Nem mencione isso. Podemos acreditar em deuses diferentes, mas nenhum de nós pode deixar pessoas em necessidade.
_ Muito obrigada. A propósito, este orfanato é seu?
_ Surpresa que haja apenas crianças? – Billy tornou a sorrir – Eu e minha irmã não temos pais desde que éramos pequenos... Então, abri um orfanato para que crianças sem família não tivessem que passar pelo que nós passamos. São todos saudáveis e obedientes aos ensinamentos do ‘Ethos’. São todos boas crianças, que até me ajudam com trabalho.
Foi quando Citan e Sigurd resolveram entrar, e o imediato avisou:
_ Bart!! O radar da Yggdrasil captou a imagem de uma nave enorme!!
_ O que? A Gebler de novo?
_ Eu não sei, mas está se movendo a 10 repsol/hora para o sul. Devemos ir para a ponte.
_ Entendido! Agüentem, que nós já vamos.
_ Ô, você aí, de preto e branco! – uma voz debochada veio de outra sala – Você é o Sigurd, não é?
_ Isso por acaso é maneira de falar com alguém? – retrucou Sigurd, ao ver o homem de meia idade entrar na sala – Quem você pensa que é?
_ Ah... – Citan ocultou o riso com a mão – Pode até não parecer, mas ele é o nosso ‘sênior’, Sigurd.
_ ‘Sênior?! – Sigurd tornou a olhar para o recém-chegado, parecendo não acreditar – Jessie?
_ Siggy? – Billy perguntou, de repente parecendo lembrar-se de onde reconhecia o imediato da Yggdrasil.
_ Ele falou ‘Siggy’? – Bart franziu o cenho.
_ Um sujeito de cabelos de prata com pele de âmbar – comentou Jessie com um sorriso – Eu diria que isso é raro. O que vocês todos estão fazendo aqui?
_ É algo que – Citan deu de ombros – de certa forma, simplesmente aconteceu.
_ Muita coisa aconteceu... – Sigurd começou a dizer, mas Jessie aproximou-se dos dois velhos amigos e passou os braços sobre os ombros de ambos, convidando:
_ Bem, vamos falar sobre essas coisas enquanto bebemos! E então... Por que estão todos aqui?
_ Siggy, já faz muito tempo – Billy tinha um ar de curiosidade no rosto – Por que o tapa-olho?
_ Billy – Sigurd sorriu – Você cresceu. Com este sorriso, você fica muito parecido com Racquel.
_ Ei! Ei ei ei! – Bart obviamente não gostava de ficar de fora da conversa – Quem é você, pra ficar todo cheio de intimidade com os meus oficiais, hein? Que negócio todo é esse de ‘Siggy’? Sem essa de fala bonitinha, garoto!
_ O que há com você? – Billy olhou com surpresa para Bart – Por que é tão arrogante com o Siggy? Quem você pensa que é?
_ Billy – repreendeu Jessie – Não grite com o pessoal do Sigurd. Isso é falta de educação, menino!
Parecia, no mínimo, curioso ver Jessie agindo como um pai e repreendendo Billy, e Sigurd aproveitou para explicar:
_ Bart, este era o nosso ‘sênior’ quando eu era um candidato aos Elementos em Jugend. Eu aluguei um quarto na casa dele.
_ Naquela época, ele ainda usava fraldas... – Jessie lembrou com um sorriso – e ele ainda é um pirralho chorão, mesmo agora.
_ Você provavelmente ainda usa fraldas, não usa? – Billy perguntou a Bart com ar vazio, e o pirata retrucou:
_ Seu pivete! Afinal, qual o seu problema?
_ Bom... – Jessie riu, vendo que o filho estava se dando bem com Bart – E então, vamos sair logo e ir beber, só nós, pelos velhos tempos?
_ Onde você planeja ir? – perguntou Sigurd, com medo da resposta. E Jessie olhou para ele com ar de reprovação.
_ O que quer dizer? Tem que ter um bar ou dois a bordo daquela sua nave!
_ Sinto uma dor de cabeça se aproximando... – Sigurd pôs a mão sobre os olhos, e Jessie deu de ombros.
_ O quê? Ah, tudo bem. Vamos nos livrar dessa dor de cabeça com uma boa bebida!
E saiu, obviamente indo para a Yggdrasil, e Citan aproveitou para perguntar:
_ O que vai fazer?
_ Eu não posso simplesmente dizer não a ele...
_ O que estão fazendo? – Jessie gritou lá de fora – Vamos!
Ainda com ar de quem pressentia dificuldades, Citan e Sigurd saíram, e todos ouviram o riso alto de Jessie lá fora, enquanto se afastavam. Mas Billy meneou a cabeça.
_ Eu não vou... Vão em frente, e divirtam-se.
E foi para outro cômodo do orfanato. Bart, por outro lado, ainda estava intrigado pelo que Sigurd dissera:
_ Que nave enorme é essa de que o Sig tava falando?
Houve um som baixo então, que nem Elly nem Bart ouviram por não estarem prestando atenção, ou lembrar-lhes coisa alguma. Mas aquilo era muito familiar a Rico, que voltou a cabeça e o seguiu, chamando então a atenção dos dois amigos.
_ Hein? – fez Bart.
_ Rico, o que foi? – perguntou Elly.
Rico meramente fez sinal para que se calassem, e seguiu o som. Agora os dois também ouviam, embora não lhes dissesse coisa alguma. Num quarto próximo estavam a irmã de Billy, Primera, e um garotinho tocando um sino, e Rico estremeceu ao vê-lo. Era muito semelhante a outro que ele vira antes. O menino, olhando com curiosidade, percebeu o que chamara a atenção de Rico e exibiu o sino, comentando com um sorriso:
_ Tem um som legal, né? Meu papai me deu esse sino pra eu nunca me perder. Mas meu papai não tem senso de direção, e também se perde um bocado. Então, ele também tem o mesmo tipo de sino. Ele foi pro quartel general do ‘Ethos’, mas nunca mais voltou...
O rosto de Rico entristeceu-se, antes que ele pudesse evitar. Citan dissera que o ‘monstro vermelho’ em Nortune ainda devia ter alguma inteligência humana residual. Agora, ele podia entender por que a criatura aparecia quando ouvia o sino.
_ Ele deve ter se perdido de novo – o menino comentou com ar distraído – Meu papai é tão tonto!
_ Garoto... – Rico retirou algo dos bolsos – Acho que é melhor que fique com isso.
O menino olhou com curiosidade para a mão de Rico, e ficou admirado ao ver um sino muito parecido com o seu.
_ Ei, isso... Por acaso, você não encontrou meu papai? Onde ele está?
_ Escuta, guri... Seu pai foi pra um lugar distante... Aqui, fique com o sino dele.
Bart e Elly não estavam entendendo a situação toda, mas o menino ficou emburrado então, tocando o seu sino e depois o do pai. O som era o mesmo.
_ Meu pai é um mentiroso!! Ele disse que íamos embora morar sozinhos... Só nós dois... Eu esperei... tanto tempo...! Por que, papai...?
Rico parecia triste, sem ter o que dizer para acalmar o choro do menino. Sabia por experiência própria que não era fácil crescer sozinho. Primera veio até eles então e abraçou o menino em silêncio, e isso pareceu de alguma forma acalma-lo.
_ Mas... obrigado – ele soluçou – Obrigado por me trazerem o sino do papai de volta. Isso vai me animar...!!
_ Rico, o que...? – Elly começou a perguntar, mas Rico apenas se afastou.
_ ... Conto depois. Vamos.
Ao sair, viram Billy passando apressadamente para fora, e o seguiram. Um Etone mais velho se aproximava, entrando pelo portão do pátio externo, e uma garotinha no pátio o saudou com um sorriso amplo.
_ Uau! Tio Stone!!
Todas as crianças próximas se aproximaram correndo e reunindo-se ao redor do Etone, que sorriu para todos e passou a mão sobre suas cabeças.
_ Olá. Estão todos felizes? Espero que sim.
Todos responderam em coro que sim, e Billy surgiu na porta, sorrindo tão amplamente quanto elas.
_ Bispo Stone!
_ Ah, Billy, meu filho.
Billy foi cumprimentar o Etone enquanto Elly, Bart e Rico saíam para o pátio. E ninguém reparou que Primera se detivera na soleira da porta. E não estava sorrindo para o recém-chegado.
_ Desculpe incomodá-lo quando está ocupado – disse Billy, curvando levemente a cabeça.
_ E, quem são essas pessoas? – indagou Stone, reparando nos três visitantes pouco mais afastados.
_ São viajantes de outro país – apresentou Billy, ao que Stone não fez maiores comentários. Obviamente, havia questões mais urgentes.
_ A propósito, sobre sua mensagem anterior...
_ Sim, sobre trabalho...
_ Sim – Stone pareceu mais sério – O navio de transporte do ‘Ethos’ que tinha desaparecido finalmente ressurgiu. Mas, não há resposta às nossas tentativas de contato.
_ O que significa isso? – indagou  Billy.
_ Hmmm... Talvez, Ceifadores novamente. Billy, pode fazer o de sempre?
_ Claro, sem problemas. Deixe comigo, Bispo.
_ Grato – Stone acenou afirmativamente – É a nordeste daqui. Por favor, tenha cuidado. É uma área perigosa. Há certas correntes marinhas muito rápidas, e é melhor ficar longe dos Resgatadores. Seria melhor se fosse num navio de grande porte.
_ Ô! – chamou Bart, sem a menor cerimônia – Isso aí é o navio enorme de que o Sig tava falando agora há pouco?
_ Não sei dizer se era isso ou não.
_ Pelo que eu ouvi, é um lugar onde as correntes são rápidas pra caramba – ponderou Bart – Supostamente é muito perigoso pra navios pequenos. Mas a Yggdrasil vai passar em segurança por lá. Não interessa o tamanho da onda ou redemoinho, não tem problema. Além disso, tivemos ajuda com o Fei. Vamos a bordo, eu te deixo lá. Aliás, a gente podia até te ajudar a terminar seu trabalho!
_ Eu concordo – apoiou Elly – Você salvou Fei. É o mínimo que podemos fazer.
_ Obrigado, mas isso não envolve vocês – Billy agradeceu, novamente curvando a cabeça – Apenas eu já serei suficiente.
_ Mas aquele lugar não é perigoso? – Elly questionou – Se houver algo que possamos fazer para ajudar...
 _Eu não quero que se envolvam... – Billy começou a replicar, mas Stone interveio:
_ Billy, meu filho, não desperdice as boas intenções deles. Aquele submarino na praia é de vocês, não? Então, Billy, por que não cooperar com eles?
_ Mas, Bispo...!
_ É isso aí! – Bart ergueu o braço direito, apoiando o músculo – Não tem graça viajar sozinho! Vamos ajudar!
Billy ainda estava reticente, não querendo expor ‘civis’ ao perigo que era sua responsabilidade. Mas Elly sorriu para ele.
_ Billy, é melhor ir com amigos.
Rico estava de braços cruzados, e Bart e Elly sorrindo em apoio. Ele ainda tinha algumas dúvidas, mas se o Bispo dissera... De qualquer forma, podia aproveitar a ajuda.
_ Bem... Se insistem, eu agradeço. Muito obrigado. Aprecio de verdade sua oferta.
_ Eu também agradeço profundamente a vocês – Stone acenou – Billy, tome conta destas pessoas. Reporte-se ao quartel-general depois que voltar.
_ Sim, Bispo.
Stone partiu então, e ninguém percebera que Primera voltara para dentro do orfanato. E Billy agradeceu mais uma vez aos amigos.
_ Estou muito grato a vocês. Vejamos, então, o que o amanhã trará. Assim que fizer certos preparativos, me unirei a vocês.
Os três regressaram à Yggdrasil, e na ponte de comando, Bart teve notícias de que não podiam lançar a nave, porque Sigurd não estava na ponte.
_ Hmph! – fez Rico, parecendo rir – Por acaso, alguém lembrou de procurar no depósito de armas? O bar de vocês é perto dali, não?
Bart e Elly se entreolharam. Não era do feitio de Sigurd beber tanto, mas em companhia de dois velhos amigos de Jugend, por que não? Para lá eles desceram e ao chegar viram Citan e Sigurd numa mesa, parecendo sem jeito, enquanto Jessie tinha um copo na mão, olhando em volta com curiosidade.
_ Sei. Então, esse é o lugar pra onde você implorou pra voltar, hein?
_ Bem, sim... – respondeu Sigurd, tremendamente sem jeito, o que parecia muito estranho aos olhos de todos, principalmente Bart; o sábio Sigurd, sempre seguro de si, parecia devolvido aos tempos de novato, conversando com seu ex-senior. E Jessie pareceu mais sério, olhando para o copo pela metade diante de si.
_ Depois que você partiu, Billy chorou um bocado, sabe?
_ ... Eu sinto muito.
_ Quando você deixou Solaris – comentou Citan, bebendo com cautela – a mesma coisa aconteceu. Kahr ficou muito abalado na época.
_ Eu não pretendia traí-lo... – Sigurd replicou de cabeça baixa, parecendo perdido nas lembranças, e o semblante de Citan ficou mais sério, enquanto também se lembrava.
_ A misantropia dele ficou ainda pior depois daquilo. Mas, agora – ele pareceu animar-se, voltando o copo para Jessie – chega dos velhos tempos, velho amigo. Eu não esperava encontra-lo vadiando nesta terra... E vocês – voltou-se para o trio parado à porta – juntem-se a nós!
_ Na ponte, estavam dizendo... – começou Elly, mas Citan interrompeu:
_ Ninguém pode deter nosso velho amigo agora.
Jessie estava rindo, cantarolando alguma canção antiga, e Bart discretamente cochichou algumas palavras a Sigurd.
_ Ah, sim, é hora de partirem, não? – o imediato voltou-se para Jessie – Desculpe, velho amigo, mas eu tenho trabalho a fazer...
_ Ah, Deus! – Jessie pareceu subitamente desperto, olhando ao redor com ar espantado – Já é hora? Bom, então antes de ir, vamos fazer o de sempre... Sabem? Aquela de ‘pintar a cara no estômago e dancar’? Os três juntos!
A cor pareceu fugir do rosto de Citan e Sigurd, enquanto Jessie sorria em expectativa. E Rico, Elly e Bart ficaram olhando, evidentemente curiosos em ver os dois mais velhos se juntarem a Jessie.
_ Bem...!! – Citan desconversou – Er, na verdade, estamos com um pouco de pressa... Então, talvez seja melhor falarmos disso numa outra ocasião.
_ Hã? Ah, é? – Jessie parecia desapontado – Bom, então era melhor eu me mandar também, hein?
_ Antes, há uma coisa que eu quero perguntar a você... – Citan deteve o veterano quando saía – Então, vamos nos reunir de novo quando tivermos mais tempo...!
_ Tá – Jessie apontou a carabina para o alto – Espero tá vivo mais tarde pra ter a chance.
Enquanto Jessie saía, ouviram um som de algo caindo, e Elly gritou:
_ Aaaaaaaahhhhh! Sigurd está...
_ De novo?! – Citan gemeu, com a mão sobre os olhos – Sigurd fica bêbado tão fácil...! Bem, definitivamente não podemos partir hoje. Talvez amanhã...
O orfanato estava às escuras quando Jessie voltou. Estava contente como não acontecia fazia algum tempo. Fora muito bom rever Hyuga e Sigurd, afinal.
_ HIC...!! Tô de volta! Cadê o Billy?
_ Fale baixo! – Billy saiu da porta oposta, pedindo silêncio com as mãos – Que hora você acha que é? Fique quieto quando voltar, ou vai acordar as crianças!
_ Se tivesse vindo também – Jessie disse, um pouco mais baixo – ia ter ouvido uma pá de história boa! As histórias do Sigurd foram hilárias!
Billy não parecia, de modo algum, compartilhar a alegria do pai, preferindo ir até a Bíblia do ‘Ethos’ numa mesa ao lado, e perguntando sem olhar para ele:
_ Você sabe que o Siggy não bebe, e o fez beber? Mesmo sendo pai de um homem da fé...
Jessie finalmente perdera o tom de brincadeira. Billy era muito teimoso, algo que talvez tivesse puxado da mãe. E eles não costumavam debater aquilo em bons termos.
_ Ei, ei, por que não abre os olhos? Você precisa deixar de ser padre.
_ Eu não quero ouvir isso de alguém sem um único vestígio de fé – retrucou o rapaz, irritado – Fique fora da minha vida!
_ Ficar fora? – Jessie não parecia acreditar – Você tem alguma idéia de quanto problema tá indo na direção do seu traseirinho, garoto?
_ O que? – Billy deu-lhe as costas – Como poderia saber? Eu ainda nem sequer acredito que você seja meu pai.
Jessie pareceu ter levado um tapa no rosto, sentando-se à mesa sem dizer nada por um instante.
_ Você...!
_ Você não é a pessoa que minha mãe amou.
_ O que quer dizer... Acha que eu sou uma fraude?
_ Pergunte a si mesmo.
Jessie estava cansado de falar com as costas de Billy. Havia muita coisa que o menino não entendia. Talvez, demais para que ele explicasse. Voltando-se já na porta, ele replicou:
_ Você está certo. Acho que não há como provar isso... Jóia, mas você ainda não entende a verdade. O que aqueles sujeitos são na verdade, onde está indo...
_ Pai, o que está dizendo?
Jessie quase sorriu ao perceber que o menino, ao menos, se dignara a olhar para ele novamente e a chamá-lo de pai. Mas sabia que ele não ia gostar do que ia ouvir.
_ Estou dizendo que Racquel morreu em vão.
_ !! Você não tem nenhum direito de dizer o nome da mamãe!
_ ... Sei. – Jessie baixou os olhos, e a voz. Estava lúcido de novo, e sentia que não era a melhor hora para isso – É assim que é, então. Ótimo. De qualquer modo, largue seu emprego. Considere isso um conselho grátis de um homem que é só um estranho pra você. Té mais.
E saiu, deixando Billy sozinho no orfanato às escuras. 



THE OLD ECHO FADES AWAY

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