domingo, abril 19

Capítulo Dezesseis!

Eis aí, pessoas que logam, blogam e todos os outros 'ogam' da internet! Mais uma de 'Xenogears', com as cordiais saudações do Louco!

Hora de descobrir o que anda atacando e matando os Lutadores no esgoto de Kislev. Digo, se não for mesmo o Fei, né...? ^_^


Capítulo 16 : Horror nos Esgotos

Fei desceu na frente, seguido por Rico e Citan. O cheiro ali era horrível; mesmo o ar poluído e decadente do Bloco D de Kislev seria preferível ao ar quase irrespirável daquele sistema de esgotos. As águas, iluminadas pelas lâmpadas de manutenção, eram esverdeadas e escuras, e corriam em seus canais rumo aos níveis inferiores, e ele perguntou a Rico.
_ Que lugar é este de que você falou?
_ Vamos dar uma olhada por aí. Falamos mais se acharmos mesmo ele.
_ Você duvida mesmo de mim?
_ Shh, quietos!
Fei e Rico voltaram-se para Citan, que olhava para as áreas internas do sistema de esgotos com um olhar apreensivo e cauteloso, procurando ouvir além do som da água corrente. Rico aproximou-se do doutor, os músculos poderosos subitamente tensos.
_ O que foi?
(Ele espreitou pelo canto de uma parede. Três homens, um deles... olhando em sua direção! Voltando-se depressa, ele deixou-se seguir o fluxo da correnteza e tratou de desaparecer nos esgotos).
Citan continuou olhando para baixo, incerto se havia mesmo visto algo estranho mais abaixo ou não. Por fim, voltou-se para os demais e respondeu evasivamente:
_ Bem... Vamos dar uma olhada pelos arredores.
Não tiveram que procurar muito para ser atacados pelos primeiros grupos de monstros errantes, mas não houve maiores problemas com o esforço combinado do trio. Desceram pela escuridão e cruzaram uma das pequenas pontes que cruzavam os canais, encontrando por fim uma silhueta humana traçada no chão, típica de cenas de assassinato. Havia uma quantidade considerável de manchas de sangue espalhadas pelas paredes e pelo piso, e Fei perguntou:
_ Aqui...?
_ Esta é uma das áreas de assassinato – confirmou Rico. Citan aproximou-se e notou que algumas das manchas na parede eram mais do que marcas espirradas de sangue; também havia letras, traçadas precariamente ali.
_ Há algo escrito no muro... Ve... Vermelho... Monstro Vermelho... Deve ter sido a mensagem final do assassinado. Um monstro vermelho... Muito interessante.
_ Deve ter escrito enquanto estava morrendo – observou Rico, enquanto Fei como de costume olhava para Citan sem entender para onde os pensamentos do seu amigo estavam indo. Ele obviamente tinha tirado alguma conclusão, mas não estava certo dela ou não queria comenta-la. E Rico notou então algo mais. Um dos canos de escoamento do sistema de esgoto, próximo ao ponto do assassinato, estava repleto de uma substância verde pegajosa que se espalhava por toda a volta.
_ Ei, que meleca é essa? Que sujeira...!
Tornaram a encontrar a mesma substância mais abaixo, próxima novamente a uma marca de assassinato. Era o mesmo cenário de antes: a silhueta marcada em giz branco, manchas de sangue por toda a parte e a gosma verde espalhada pelo cano de escoamento.
_ O que é essa coisa pegajosa, afinal? – perguntou Fei.
_ Tem mais disso perto daquele cano lá de cima – e Rico apontou para o cano – e desse aqui
_ Seria alguma coisa que o monstro deixou então?
_ Ainda não podemos ter certeza – Citan comentou pensativamente – mas... É bem provável.
_ Bom, não podemos ficar rondando aqui embaixo o tempo todo – Rico interrompeu bruscamente, mostrando algo similar a um mapa dos esgotos – Os sons das lutas que temos de tempos em tempos com os monstros normais daqui do esgoto só vão servir pra atrair mais deles. Isso aqui deve nos guiar pelos trechos mais perigosos, até encontrarmos o meu conhecido daqui de baixo, que deve nos ajudar.
_ Você conhece alguém que mora aqui? – Fei não podia acreditar – Que tipo de pessoa viveria aqui, em meio aos monstros e ao esgoto?
_ E quem foi que disse que é uma pessoa?
Fei olhou indagadoramente para Citan, que meramente deu de ombros, e os dois seguiram Rico até as proximidades de uma queda d’água formada pelo desnível dos esgotos, e resolveram descer logo antes que mais monstros chegassem.
(Lá embaixo ele rosnou; podia sentir que continuavam vindo, e ele não podia descer mais do que aquilo. Iria evita-los se pudesse, mas se fosse inevitável, os três perseguidores encontrariam um destino semelhante ao dos outros infelizes que haviam descido até ali. Já morrera tanta gente...! Por que continuavam vindo?)
O trio não tardou a chegar ao nível seguinte, e Citan novamente tomou a dianteira, olhando intrigado na direção do interior do sistema de esgotos, fato que chamou a atenção de Rico depois que ele tirou os olhos do mapa que trazia:
_ O que houve, Citan... Tem alguma coisa aqui?
_ Um tilintar... Acho que ouvi algum tipo de som de sinos!
_ Sino...? – Fei perguntou, e uma luz de reconhecimento se fez presente nos olhos de Rico, que ficou pensativo também por um momento.
_ Sino...? Um sino! Agora que mencionou, Citan... Há um rumor sobre um som estranho de tilintar aqui embaixo recentemente.
Os três se puseram em guarda, esperando ver algum movimento nas trevas ao redor que pudesse denunciar o que Citan ouvira, mas nada surgiu a princípio. Quando finalmente aconteceu, uma forma semelhante a um tubarão saiu das águas do esgoto próximas a eles e os atacou, saltando sobre o trio.
Fei e Citan se esquivaram, mas Rico a recebeu nos braços e caiu para trás, usando o impulso do monstro e o peso de seu corpo para esmaga-lo contra o chão. A luta terminara antes mesmo de começar, o que não deixou de ser impressionante.
_ ... É realmente forte, Campeão – Citan observou, admirado.
_ Hnf. É só o básico, se quiser sobreviver nos esgotos do Bloco D, doutor – Rico deu de ombros – Agora vamos. Duvido muito que fosse essa coisa o que você ouviu agora há pouco.
Desceram por mais algum tempo pelos esgotos, e Fei pensou consigo mesmo que até mesmo o mapa de Rico não era suficiente ali; o sistema de esgotos parecia muito maior do que a própria cidade, e com a escuridão, os monstros e a coisa assassina desconhecida ali embaixo, eles estavam em franca desvantagem. Lutaram contra mais algumas criaturas do esgoto aleatoriamente e a luta não parecia mais ter fim. Os monstros, semelhantes a sapos gigantes, chamavam mais e mais reforço à medida em que iam sendo derrotados, e mais do que a habilidade de batalha dos três, foram os poderes de cura de Citan que os mantiveram de pé até o fim.
Ainda exaustos da batalha, eles finalmente chegaram a uma curva à esquerda onde encontraram um pequeno lagarto verde que, curiosamente, perguntou:
_ Quem são vocês?
_ Ei Vovô, o que está fazendo aqui? – perguntou Rico – Achei que a entrada principal tinha sido bloqueada. Não devia estar tomando conta dos exterminadores mecânicos de ratos?
Fei e Citan se surpreenderam um pouco, enquanto ambos percebiam que era aquele pequeno lagarto a ‘pessoa’ que Rico pretendia encontrar ali. E o velho lagarto fez um ar de enfado.
_ Hnf. Eu conheço bem os meus deveres, mocinho; só resolvi dar uma volta. Sempre cuidei daquelas máquinas idiotas, tenho certeza de que podem agüentar um tempo sozinhas.
_ ‘Sempre’? – perguntou Fei – O senhor viveu nesse lugar a vida toda? Não é perigoso?
_ Como pode ver, eu sou um mutante. Então os monstros nunca me incomodam. Mas, ultimamente, meu novo vizinho tem agitado as coisas por aqui.
_ Mesmo? Nós estamos procurando por ele – respondeu Rico.
_ Ah, é? Se livrariam dele por mim? Eu ficaria muito grato. E, se quiserem saber qualquer coisa, é só me perguntar.
_ Pra começar – Citan indagou – sabe algo sobre o som de sinos que tem se ouvido por aqui?
_ Ah, claro. Isso também tem a ver com o novo vizinho, imagino, já que não era ouvido até a chegada dele por aqui. E, recentemente, um dos exterminadores ficou emperrado por causa disso aqui.
E estendeu para eles um tipo de amuleto curioso, semelhante a uma corrente de pescoço. O interessante era que tinha um minúsculo sino preso nele e, ao testar, Citan observou:
_ É muito semelhante ao som que pensei ter ouvido quando viemos até aqui... Me pergunto o que significa...
_ Talvez possamos atrair a coisa usando isso – Rico comentou – Vovô, talvez fosse melhor você sair daqui.
_ Garoto idiota, isso não vai funcionar. Não assim, pelo menos.
_ O que quer dizer? – perguntou Fei.
_ Pense, menino. Tenho andado com essa coisa por toda a parte e duvido que não tenha tocado, nem ao menos acidentalmente. Se este sino fosse mesmo a isca ideal, eu já teria virado comida dele. Não... Sempre há aquela gosma verde perto dos canos que ele usa pra se mover pelo esgoto. E ele nunca volta duas vezes ao mesmo lugar.
_ Então, do que precisamos é um cano com a gosma nas proximidades, mas sem áreas de assassinato por perto.
_ É... Ou pelo menos é o que eu acho. Há um assim neste nível, ao norte daqui.
(Estava além de todos, agora. Encontrara um local fácil para mover-se, indo ao ponto de junção de todos os longos canos de escoamento, e podia deslocar-se com facilidade para onde quisesse. Ele não tinha mais consciência clara de certas coisas, mas o único acesso além dos canos para aquela sala era uma porta trancada. Ninguém deveria ser capaz de incomodá-lo ali. Por via das dúvidas, ainda, ele se mantinha nos canos mais altos, empoleirado como uma aranha ou um grande pássaro. Se alguém entrasse ali, ele tanto poderia fugir pelos canos... quanto atacar por cima).
Fei, Citan e Rico dirigiram-se para onde o ‘Vovô’ indicara, e o doutor pareceu satisfeito.
_ Com certeza, este deve ser o único cano de escoamento com a mesma substância verde e sem áreas de assassinato próximas. Bem – ele olhou em volta e posicionou-se de costas para a parede, para não ser pego de surpresa – vocês estão prontos?
_ Sim – Rico apertou os punhos. Toque logo essa coisa, Fei.
_ Certo – Fei também estava nervoso, e o grupo se posicionou de forma que a criatura não pudesse surpreende-los em qualquer das direções – Aí vai.
E o sino em sua mão tilintou vigorosamente, esperando que o som se propagasse o bastante pelo sistema de canos.
(Um som! Sino! Aquilo... Quase fazia lembrar alguma coisa. Mas ele ainda se lembrava do mais importante; tinha que encontrar a fonte do som).
Fei tocava o sino de forma que soasse uma vez num intervalo intermitente, e sempre com força, garantindo que seria ouvido mesmo à longa distância.
(Ele deslizou depressa, aproveitando as águas para aumentar a velocidade. Passou por hélices de ventilação, limpadores de ratos... e viu a luz).
Tenso como os outros, mais do que ver, Citan sentiu a presença próxima.
_ Está aqui!
_ Fei, atrás de você!
Rico voltou-se de repente no momento exato em que... algo... irrompeu do cano e mergulhou diante deles. Os três então viram uma criatura envolta em farrapos vermelhos, com quase nenhuma pele e mãos semelhantes a garras, sendo as da direita longas como espadas. O monstro tinha feições como as de um esqueleto, e começou a atacar assim que os viu, cuspindo sobre eles um estranho gel esverdeado.
Citan, que já conhecia aquele tipo de ataque, conseguiu evitar o gel com um salto de recuo, mas Fei e Rico tentaram bloquear a substância por reflexo e foram atingidos em cheio, sentindo-se atordoados e também mais fracos. O gel do monstro causava confusão e envenenamento, e não havia tempo para se curarem com a criatura atacando.
O monstro olhou diretamente para eles, e rosnou. Citan se pôs em guarda e o monstro urrou para o alto, fazendo cair sobre eles algo flamejante, como uma chuva de lava. Era um tipo de ataque de Ether próprio de certos monstros, Citan reconheceu, a ‘Chuva de Fogo’.
“Mais do que força maior – ele ponderou – vamos precisar resistir mais do que ele!”
A criatura assassina investiu sobre Fei, enfraquecido e curvado pelo veneno, e foi atacado de repente por Citan e seu ‘Ukigumo’, uma seqüência de golpes semelhantes ao Senretsu de Fei, lançando o monstro para o alto e golpeando-o nas costas com força, para então joga-lo com dureza no solo.
O monstro assassino levantou-se rosnando, avançando novamente e derrubando o doutor com seus ataques rápidos. Apesar de ter conseguido mover-se na mesma velocidade, a verdade era que apenas os punhos de Citan dificilmente poderiam conter a fúria da criatura e ele caiu para trás, ombros e mangas da jaqueta rasgados pelo monstro, resfolegando por um instante enquanto se punha para fora de alcance, mas o assassino tornou a atacar.
O monstro era veloz o bastante para enfrentar aos três quase que simultaneamente, e Citan precisaria de um segundo para se recompor, um segundo que ele sabia que não teria quando a fera parou diante dele e ergueu o punho direito para o último golpe.
Dois punhos verdes seguraram as garras da criatura por trás e o monstro pareceu surpreso ao ver Rico atrás de si, travando-o numa chave de braço para então gira-lo para trás num movimento de luta livre:
_ Queda Livre!
E tombou para trás, derrubando o monstro de cabeça contra o chão. Mas Rico ainda sentia os efeitos do envenenamento do gel, e o golpe não foi perfeito. E o monstro era descomunalmente forte, livrando-se então do aperto e girando sua garra para abrir um corte longo no corpo do Campeão. Rico ainda cambaleava para trás e o monstro tornou a atacar com suas garras em riste, quando Fei posicionou-se entre a fera e Rico e se concentrou para superar os efeitos do veneno.
_ Hazan!
Saltou, atingindo o assassino com uma seqüência de chutes que mais parecia uma caminhada e então saltou para trás, deixando que o monstro caísse na direção de Rico. E o Campeão, ainda que sentindo as dores, saltou e usou seu próprio golpe:
_ Banderas!
Rico aterrissou no peito do assassino com os dois pés, o peso e impulso de seu corpo arremessando o oponente para trás e lançando-o ao solo.
E tornou a se erguer. Mais lentamente agora, mas ainda parecia estar longe de seu fim, enquanto Fei e Rico se colocaram em guarda, ainda sentindo o veneno enfraquece-los e então cambalearam, as vertigens tirando-lhes o equilíbrio como correntes pesadas, e Fei perguntou:
_ S-será que... ele não se cansa?
_ Bem depois de nós, aposto – respondeu Rico entre dentes – Não admira que os outros tenham morrido; ele é forte! Bem mais que nós, com esse maldito veneno!
_ Lá vem ele de novo!
Um rugido para o alto, e a Chuva de Fogo caiu sobre os dois novamente, fazendo com que baixassem a guarda. Do nada, num movimento que parecera atingir a ambos simultaneamente, Fei e Rico foram lançados para trás por um golpe das garras abertas do assassino.
Detendo-se por um instante como se ponderasse, ele escolheu Fei, caído mais próximo a ele. Agarrou o rapaz e ergueu-o diante de si, e Rico esforçou-se para atacar, mas o monstro desviou Fei por um instante e atingiu o Campeão com suas garras da direita. Por reflexo, Rico protegeu-se com o braço esquerdo e as garras cravaram-se nele, arrancando-lhe um grito.
Fei agarrava-se à mão que o prendia, incapaz de respirar ou se soltar, e percebeu com o canto dos olhos que Rico também não ia bem. De algum modo, era como se o monstro estivesse se recuperando às custas da vitalidade do outro, pois Rico fraquejou de repente e quase pareceu que seu braço estava reduzindo-se de tamanho, perdendo o volume muscular impressionante de até então.
_ Mufu!
Citan atacou pelo flanco desprotegido do monstro, e a fera largou Fei, rosnando e golpeando o doutor com suas garras da mão esquerda, para encontrar apenas o vazio. Citan parecia estar diante da fera e com sua mão estendida para o alto enquanto folhas dançavam à sua volta; na verdade, o aparentemente inofensivo estudioso chegou ao flanco desprotegido do monstro vermelho e o atingiu com uma seqüência de golpes ainda mais velozes que o Ukigumo ou o Senretsu, e só se tornou realmente visível quando subitamente o assassino tombou para trás e soltou o braço de Rico. Enquanto a fera cambaleava aturdida com os golpes rápidos e poderosos, Rico Banderas olhou surpreso para Citan.
_ Como você...?
_ Depois. Ele vai atacar.
O assassino rosnou, subitamente intimidado, mas não iria recuar. Citan estava posicionado e Fei percebeu que não era para se defender. Enquanto o monstro investia novamente, ele ainda ouviu o doutor murmurar:
_ Eu lamento o que houve com você. Descanse.
As garras vieram à frente cortando o ar para atingir Citan, que recuou um passo e atingiu o solo com seus pés, fazendo-o estremecer enquanto liberava seu golpe:
_ Jinrei!
Citan tomou uma postura diferente enquanto ondas sísmicas leves abalavam o equilíbrio do monstro e a imagem de Citan pareceu novamente incerta. Golpes poderosos tornaram a atingir a criatura, especificamente na cabeça e pescoço, com a mesma força que fizera o solo tremer, e Citan completou a seqüência com um golpe de punho poderoso que lançou o assassino uma última vez para trás, nas águas do esgoto. Dolorido agora, com a mão direita agarrando o braço ferido, Rico ergueu-se e perguntou:
_ Mas afinal, que diabos era aquilo?
_ E... por que ele tinha um sino? – perguntou Fei, também ferido. Olhando com ar pesaroso para a forma vermelha envolta em farrapos que desaparecia nas águas, Citan respondeu:
_ Ele ainda tinha... ao que parecia... alguma inteligência humana – mas sacudiu a cabeça numa negativa cheia de pesar – Não... Seria melhor dizer, ‘ainda lhe restava’ alguma inteligência.
_ O que quer dizer com... – e Rico interrompeu-se, entendendo tardiamente do que o doutor estava falando – Não... Não pode ser...!
_ Quer dizer que aquilo era...?
Fei também não queria acreditar no que havia entendido, que o monstro pudesse ter sido humano algum dia. Mas Citan apenas desviou os olhos.
_ ...É realmente muito triste.

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