domingo, março 1

Capítulo Doze Ponto Três!

É! Chegamos ao 'ponto três', pela primeira vez, se bem me lembro! Saudações do Velho Louco (da Taverna)!

E eis a parte final do capítulo doze, também. Como vimos, Ramsus, o cara que obrigou Fei e Bart a lutarem juntos, e no limite, não saiu nem na foto enfrentando o misterioso (sério? Ninguém sabe mesmo quem é? Ah, vá...) Omnigear Vermelho. E agora que o Gear do Ramsus já era, a coisa vai escolher um alvo que ainda aguente brincar.

Bom domingo, pessoas! Forte amplexo do Louco.

(...)

Sem parecer dar qualquer atenção ao outro, o Omnigear o soltou no ar e girou, atingindo-o com um chute e jogando-o na areia completamente fora de combate, tendo ainda arrancado sua perna esquerda com o último golpe. Mas ele ainda estava longe de ficar satisfeito e correu na direção de Brigandier, e Bart ficou em guarda.
_ Tch! Fique longe!!
O Gear branco de Miang alcançou o que restava do Wyvern e pairou sobre ele, abaixando-se gentilmente para recolhê-lo.
_ Comandante... vamos nos retirar!
_ Não faça nada precipitado, Miang! – advertiu Ramsus – Eu ainda tenho um braço!!
_ Estamos nos retirando! – ela insistiu, sem dar espaço a contradições – Parece que aquele cachorro louco achou um novo brinquedo.
As asas de energia criavam uma aura esverdeada em torno do Omnigear e espalhavam areia por toda a parte, enquanto ele pairava diante do Brigandier.
_ Bem, agora que minha mola motora está aquecida... vamos começar o evento principal!!
_ Hoje é o meu dia de azar – Bart comentou, quase parecendo conformado – Por que isso tem que acontecer agora? Ah, bom... Vamos acabar com isso!
Apesar da sua fama de brigão, Bart realmente não gostava de combater. No entanto, ninguém poderia chamá-lo de covarde. A diferença de forças era patente e, mesmo assim, ele não tentou fugir em momento algum. Ramsus, que quase o vencera até a chegada de Fei em Aveh, não pudera sequer incomodar o Omnigear... mas ele tratou logo de partir para o ataque, ativando seus Turbos e tentando atacar mais depressa.
Usando seu novo ‘Golpe da Serpente’, Brigandier saltou e prendeu a cabeça do Omnigear, mantendo-o preso no chicote direito enquanto o esquerdo afundava na areia, prendia as pernas do adversário e o puxava para derruba-lo... mas o Omnigear meramente saltou para trás quando puxado, caindo de pé e continuando na espera.
Ele tentou seu ‘Disco Celestial’, usando a Máquina de Ether do Brigandier. O Omnigear ficou parado e mal se moveu quando atingido.
Brigandier usou o ‘Sorriso Selvagem’ para diminuir a visão do outro e depois um ‘Chicote em Cadeia’. E mesmo assim, o Omnigear nem tentou se mover para desviar. Cansado, assustado e um tanto irritado com o descaso do outro, Bart comandou o Brigandier para um ataque direto, que foi subitamente interrompido quando o Omnigear agarrou o braço direito do Gear pirata e Bart ouviu apenas:
_ É a minha vez.
O Omnigear empurrou Brigandier para trás e Bart mal começara a cambalear quando o outro o atingiu com as duas mãos espalmadas no peito, fazendo o Brigandier voar para trás e Bart gritar, enquanto seu Gear tombava e todos os sensores de dano indicavam problemas.
Antes mesmo que ele caísse propriamente no chão, o Omnigear encerrou o ataque com uma nova seqüência de seus punhos que dilacerou completamente a armadura do Brigandier com ondas de choque negras, uma técnica muito parecida com a que Fei usara no Calamidade durante a saída da Caverna de Estalactites, caso Bart tivesse visto ou se lembrasse para comparar.
Brigandier caiu semidestruído no deserto enquanto a tripulação da Yggdrasil emudecia. Mas Sigurd viu seu jovem mestre cair e passou imediatamente à ação.
_ Motor, preparar para força máxima!! Jerico! Me dê o leme!
_ Mas primeiro imediato – objetou o navegador – Agora, com os redutores de efeito fora de funcionamento, se correr à velocidade máxima, a nave não vai resistir à fricção!
_ Ela pode ‘saltar’ devido ao Efeito Bernoulli nas asas de superfície ao invés disso! – retrucou Sigurd, preparando-se.
_ Primeiro imediato!
_ Nunca se esqueça! – Sigurd voltou-se com olhos decididos para o navegador, que emudeceu – A Yggdrasil não é nada sem o jovem mestre!! Força total! Velocidade máxima!!
Quem tivesse a oportunidade de ver com certeza não se esqueceria nunca daquele momento. A gigantesca nave pirata Yggdrasil começou a correr pelo deserto com dificuldade, os solavancos aumentando com a velocidade mas sempre seguindo rumo ao local onde Bart caíra. As asas de superfície se abriram e a proa começou a empinar. O controle ficou mais e mais difícil, mas o pulso firme de Sigurd manteve a direção. E a nave começou a subir.
O Omnigear vermelho estava parado, enquanto Bart juntara seus pedaços e pretendia fazer um último movimento. Era tudo o que Brigandier ainda poderia fazer depois do ataque sofrido, e ele pretendia ao menos tombar lutando. Então, o deserto pareceu escurecer e ambos olharam para o alto, enquanto o casco da Yggdrasil encobriu o sol e caiu sobre eles.
Bart, que planejara um último golpe, mudou de idéia e usou seu último movimento para se afastar da área de impacto. E até mesmo o Omnigear vermelho, se houvesse alguém para ver, parecia estar profundamente admirado daquilo. Um segundo depois, a nave pirata aterrou violentamente e todo o deserto estremeceu. Brigandier, no entanto, estava fora da área da queda.
_ Jovem mestre! – chamou Sigurd – Você está bem?!
_ Não exagera, Sig... Tentar fazer a nossa nave ‘voar’?! – ele parecia ótimo, com o mesmo tom brincalhão de sempre, o que foi um alívio para Sigurd – Quando voltarmos, vai levar um mês pra colocar essa pilha de sucata funcionando de novo.
_ Ha... Ha ha... Você parece estar bem!
_ Putz!! – e Bart suspirou de alívio – Afinal, o que era aquele monstro?
Antes que Sigurd pudesse responder, o casco subitamente se moveu como se enrugasse e Bart soube no ato que aquilo não era efeito da queda. Algo não estava certo.
_ Sig! O que é que tá havendo?
_ A nave...? – Sigurd também estava confuso – O motor deveria ter se perdido, mas...
A Yggdrasil começou a centelhar e ranger, protestando contra a impossibilidade que acontecia, e mediante os olhares surpresos de Bartholomew Fatima e toda a sua tripulação, o cruzador de areia deixou o solo do deserto. Abaixo dele, com o braço direito erguido enquanto flutuava para cima, o Omnigear vermelho estava ileso.
A visão era aterrorizante. Aquela... coisa estava erguendo a nave inteira com uma só mão e sem fazer qualquer esforço aparente. A nave vazava areia por todos os lados e manteve-se inteira só por um instante, antes que a proa e a popa se curvassem e apenas o corpo central continuasse inteiro, sustentado pelo Omnigear.
_ Isso foi muito interessante – comentou a voz desconhecida, num tom de quase admiração – Mas derrubar uma nave de guerra em mim é trapacear... Pegue de volta!
Bart tornou a ver o sol ser encoberto enquanto a sua Yggdrasil foi arremessada sobre si sem qualquer esforço. Desta vez no entanto, os sistemas do Brigandier estavam exauridos e ele simplesmente não tinha para onde correr. Todo o seu painel apagara, e ele sabia que não sairia dali.
_ Sig, Maison! Aaahhhh!!
Na ponte de comando a nave inteira se inclinara e as luzes e sinais de alerta gritavam enquanto a voz da tripulação se confundia nos comunicadores internos:
_ A bomba de areia, redutores de efeito e as brocas de propulsão, estão todos fora do ar!!
_ Motor principal, motor de apoio, ativar a autofuga! Transferir energia para as baterias! Índice de saída 0.5, tempo para operação... 500!
_ A terceira ponte... está arruinada! – avisou Franz.
_ A seção do hangar, a seção de armamentos e até o casco de pressão foram destruídos!!! Não podemos impedir a areia de entrar!
_ Trancar cada seção completamente – ordenou Sigurd – e iniciar operação independente!!
_ Assim o controle de danos não vai se mover! – objetou Franz – O buraco não será coberto!
_ Está tudo bem... De qualquer modo, é impossível salvar a nave inteira. Nossa prioridade é garantir a ponte! Reúnam todos na ponte imediatamente!
A ordem de Sigurd foi passada e o imediato voltou-se com pesar. Então, deparou com Citan e Maison ainda ali e lembrou-se de mais um dever.
_ ... Hyuga... Não... Você agora é Citan. Você precisa sair. Vou pedir a Maison que o leve a um casulo de fuga.
_ Eu não posso deixar todos vocês assim...?!
_ Não temos o direito de mantê-lo aqui e faze-lo se envolver – Sigurd tornou – Se vir Kahr e Miang outra vez, tenha certeza de fazê-los pagar por mim. Maison... Por favor, mostre o caminho a ele.
_ Por aqui, por favor.
Sem mais nada que pudesse ser dito ou feito, Citan se foi. Ele e seu Gear Heimdall estavam a bordo do casulo e se afastaram da condenada nave pirata, para aterrisar coincidentemente nos limites da fronteira de Kislev. Talvez fosse obra do vento.
E uma visão curiosa o aguardava quando desceu, o que o fez investigar ao passar pelas proximidades da colina onde um dia a frota de Vanderkaum estivera. O som de passos metálicos de Heimdall se fez ouvir até que ele parou diante de uma pilha de escombros fumegantes. Não dava para dizer com certeza o que aquilo tudo fora, mas haviam garras de metal retorcidas e canhões destroçados largados sobre a areia, e isso bastou para que Citan o reconhecesse.
_ Isso é... o Dora. Ele estava estacionado aqui? Isso foi muito descuido da minha parte...
Mais surpreendente que o Gear pesado ali, no entanto, era a situação em que ele estava. Conhecedor do arsenal da Gebler, Citan não podia pensar em muitas coisas no mundo que pudessem reduzir o Dora àquela condição. Mas...
_ Mas, sua condição... É exatamente a mesma dos outros que ‘ele’ destruiu...




CAN FIND THE ANSWER, AND THEN

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