domingo, dezembro 7

Capítulo Nove!

Salve pessoas! Tentando não surtar com as novas da semana, e tentando não dar mancada eu mesmo, saudações do Louco!

Sim, já tem duas semanas que eu lembro de postar aqui, mas não de avisar no face -_-' O que posso dizer? Sou desligado. Então, enquanto ainda consigo me concentrar nas várias tarefas ao mesmo tempo (bem diziam que fazer uma por vez, se concentrando, era uma idéia melhor), vai aqui a primeira parte do Torneio! Fei participa de uma disputa marcial (como em todos os animes desde 'Dragon Ball', acho), enquanto Bart aproveita a distração pra resgatar Margie!

Mas Fei pode ter algumas surpresas.

Capítulo 9: O Torneio


            O dia começou cedo para os conspiradores, e Citan já estava pronto quando Fei e Bart despertaram.
            _ Bom dia. A operação ‘Resgate de Margie’ agora está em andamento! Em primeiro, Fei e eu iremos nos preparar para o Torneio na arena. Quando o Torneio começar, Bart entrará na trilha d’água pelo poço e rumará até o castelo. Tenho certeza de que conseguirá, mas ainda deverá haver guardas lá. Livre-se deles em silêncio, por favor. Nós faremos um bom trabalho para que o Torneio atraia a atenção dos guardas tanto quanto for possível. Neste tempo, você pode resgatar Margie.
_ OK, então, vamos por isso pra funcionar! – animou-se Bart.
_ Então iremos adiante. Cuide-se, jovem.
Fei e Citan rumaram para a arena na praça do castelo. Ao chegar à ala dos lutadores, foi ordenado que Citan ficasse junto à torcida e o doutor aconselhou Fei a não deixar qualquer batalha terminar muito depressa, pois quanto mais pudesse manter a atenção do público, mais simples seria para que Bart penetrasse no castelo. Curioso com seus possíveis adversários, Fei entrou na Tenda dos Participantes. Entre eles havia um grandalhão de sobretudo vermelho, cabelos verdes e com tamanha pose que, se significasse poder de luta, indicaria seu adversário mais duro. Fei ouvira falar dele durante sua breve estada em Dazil; era conhecido como ‘Big Joe’. Também havia garotas entre os lutadores, mas o que realmente surpreendeu Fei foi descobrir um conhecido de Lahan entre os competidores.
_ Dan? O que está fazendo aqui?
_ É culpa sua que Alice... – o garoto voltou-se para ele com olhos nada amistosos – Eu nunca vou te perdoar. Eu vou te matar!
_ Dan...
Nesse momento, um soldado entrou e avisou que o Torneio começaria logo e que todos os participantes deveriam entrar na arena. E Dan saiu da tenda dizendo:
_ Você é o inimigo de todos em Lahan! Eu vou chutar o seu traseiro diante de todo mundo! E não adianta tentar fugir!
Dan saiu e misturou-se à multidão sem que Fei pudesse detê-lo, detido de repente por um homem misterioso envolto num manto azul cinzento e com uma estranha máscara branca a ocultar-lhe o rosto.
_ Ei senhor, você é de Lahan? – Fei voltou-se intrigado para ele, e o homem comentou em tom casual – Me parece que você e aquele menino têm alguma espécie de problema.
_ Quem você pensa que é? – Fei perguntou irritado – Meta-se nos seus assuntos!
O homem apenas riu em resposta, e Fei perguntou:
_ O que é tão engraçado?
_ Nada... Só estou imaginando que espécie de luta você terá com aquele menino... Bem, acho que terei que esperar para ver, ‘Fei’.
_ Hã...?
O homem saiu da tenda e Fei perguntou-se como ele podia saber seu nome, se Dan não o dissera e ele nem ao menos se registrara no Torneio com seu verdadeiro nome. Mas isso seria uma resposta para descobrir mais tarde.
No hotel, Bart sentia que sua impaciência poderia mata-lo e finalmente ouviu os clarins do castelo que anunciavam o início do Torneio, e voltou-se para a freira de Nisan.
_ Tá pra começar! Melhor eu me preparar, também.
_ Esse plano vai mesmo funcionar?
_ Já começou. Se algo estiver errado agora, então vai ser dose!
A preocupação dela ameaçava contagia-lo, e Bart procurou parecer muito à vontade.
_ Ei, não se preocupe, Fei vai ficar bem! Além disso, Citan também tá com ele. Tudo o que eu preciso fazer agora é invadir o castelo pelo poço. Sem problema.
_ Eu rezo para que esteja certo.
_ Bom, eu vou indo. Margie está esperando na cidadela.
_ Então, boa sorte. E muito obrigada por estar ajudando a Madre Marguerite.
_ Sem crise! E, é melhor você também sair de Aveh. Logo, logo, o bicho vai pegar.
 Despedindo-se da freira, Bart seguiu rumo à grade mais próxima do hotel, erguendo a proteção e metendo-se nos túneis d’água enquanto Shakhan aparecia na varanda do palácio de Aveh e começava o discurso de abertura do Torneio:
_ Bravos jovens estão derramando seu sangue nas linhas de frente. Nosso exército é o melhor, mas as marés da guerra são incertas. Para proteger a tradição de Aveh e preservar a paz neste deserto, todos devemos tomar decisões perturbadoras. O deserto é um tesouro precioso, passado a nós por nossos ancestrais. Aqui, podemos forjar nossas mentes e corpos em um só. Nossos professores são o sol e o vento. Nos reunimos aqui hoje, com nossos corpos fortes forjados pelo deserto. O sol sobre nós é o mesmo que queima sobre nossos pais na frente de batalha. O vento soprando aqui é o mesmo que agita nossa resolução e nossas preces e as leva aos nossos filhos no front. Este Torneio eleva nossos espíritos e renova nossas bênçãos deste deserto em que vivemos.
Eram palavras inspiradas, sem dúvida, mas Shakhan podia estar sendo sincero tanto quanto podia estar fingindo. Sua expressão e o tom de voz continuavam insondáveis. E ele prosseguiu:
_ Bravos, guerreiros, lutem bem e não envergonhem nossos irmãos em batalha. Que o 338o Torneio comece!
Um gongo soou na praça e a multidão foi ao delírio. Shakhan olhou para baixo, satisfeito com o discurso.
_ Hmm... Discurso entusiástico, se posso dizer isso de mim mesmo.
 Alguém se aproximou por trás e Shakhan reconheceu a figura marcial de Ramsus.
 _ Ah, Comandante Ramsus. Desculpe tê-lo mantido esperando. Por aqui, por favor.
Miang entrou logo atrás de Ramsus, mas o comandante não aceitou a poltrona especial que lhe fora destinada.
_ Temo que eu não tenha tempo para tais frivolidades. Passei apenas para me despedir.
_ É uma pena – lamentou Shakhan – Não gosta do nosso entretenimento?
Ramsus deu uma olhada para a praça onde os lutadores se reuniam e respondeu simplesmente:
_ Acho tedioso.
_ Ora, deixe estar, Comandante – disse Miang – Shakhan está apenas tentando mostrar hospitalidade. Pessoalmente, eu acho artes marciais muito interessantes. Ficarei esperando para assistir ao Torneio.
_ Dizer que este evento é um tributo a você, Comandante, não é exagero – floreou Shakhan – Sua graciosa ajuda em nossa hora de necessidade nos permitiu celebrar a fundação do país hoje.
_ Fundação, que impróprio – e voltou-se para Shakhan – Nem ao menos é o seu país. Hmph, faça como quiser.
Virou as costas e saiu. Sem se dar por achado, Shakhan perguntou:
_ Miang, e quanto ao Torneio? Vai nos agraciar com sua companhia?
_ Sim, seria um prazer.
_ Ah, está começando!
O gongo soou novamente lá embaixo, anunciando a primeira luta: Gonzalez contra o ‘Jovem Viajante’. Ante a ovação do público, Miang viu Fei pela primeira vez, entrando na arena pela ala esquerda e comentou consigo mesma:
_ Ora... Mas que rapaz bonito!
A luta começou. Gonzalez era um grandalhão careca e barbudo com uma clava de homem das cavernas e um físico bruto, mas Fei logo percebeu que não teria dificuldades para vencer, se quisesse.
Ainda assim, a fim de tornar as coisas mais simples para Bart, ele procurou encenar uma boa luta. Veio o primeiro golpe com a clava, e o segundo, e também o terceiro. Lentos demais, mas Fei recebeu todos eles, caindo ao chão ao ser atingido pela terceira vez.
Mas tivera o cuidado de não receber os golpes em cheio, e não se ferira de verdade. Enquanto Bartholomew Fatima vencia as alterações de intensidade da correnteza sob o castelo, nadando rio acima, Fei tornou a ficar de pé, recebendo alguns golpes mais pesados e recuando até a borda do ringue.
Enquanto Bart saía do reservatório de água e levava uma bronca do velho zelador, Fei evitou o golpe que o derrubaria para além do ringue e revidou com um Raijin, lançando Gonzalez para o outro extremo da arena, quebrando a clava e pondo o adversário fora de combate.
Bart acabara de sair para o pátio interno do castelo, olhando desconfiado para os lados, mas não havia qualquer guarda realmente próximo, e os demais pareciam estar olhando fora das muralhas. Até ali, o plano de Citan parecia estar indo bem.
Na arena, Fei lutava contra o badalado e exagerado Big Joe, que entrara na arena fazendo alarde e, depois de uma volta por todo o ringue, voltou-se para Fei e apontou para ele, dizendo:
_ Sinto muito garoto, mas agora é a ‘hora do Joe’!
Pior do que o trocadilho (‘show time’, ‘hora do show’ em inglês, tem som parecido com ‘Joe’s time’, ‘hora do Joe’) só mesmo o estilo de luta do grandalhão de cabelos verdes. Fei não conseguiu entender por que a platéia delirava tanto, mas ao menos isso tornava a luta um pouco mais fácil de disfarçar; Fei teve que enfeitar muito e fingir sentir os golpes para prolongar a luta mais um pouco, mas não demorou para, por reflexo, bloquear um ataque de Joe e revidar com mais força do que pretendia, atingindo Joe em cheio, derrubando-o para fora da arena e encerrando a luta, mediante a reclamação da platéia e da choradeira do grandalhão.
No meio tempo, Bart subira até o segundo andar, escondendo-se entre as bibliotecas e cômodos enquanto procurava por Margie. Teve que enfrentar alguns guardas menores, mas bem menos do que seria de esperar. Fei devia estar fazendo um ótimo trabalho.
Na arena, enquanto isso, Fei deparou-se com o mago e alquimista viajante Scud, uma figura curiosa com um turbante na cabeça e um manto verde que avisou o rapaz para que ele tivesse cuidado com suas pílulas. Pareceu estranho a Fei, até ser atingido pela ‘Pílula Estranha’, que envenenou Fei e o deixou atordoado e fraco, alvo perfeito para o ataque de abelhas do alquimista. Enquanto Fei tentava clarear a mente, Scud o atacou com uma faca e depois recuou, espantado que o rapaz ainda estivesse de pé.
Fei esperava que Bart estivesse adiantado dentro do castelo, pois Scud finalmente era um adversário que precisava de atenção. Scud aproveitou o momento de pausa para usar uma ‘Pílula Forte’ e uma ‘Pílula Alegre’ para garantir que seu próximo golpe seria o último. Foi, portanto, uma surpresa para ele quando seu ataque seguinte, que ele imaginava ser rápido demais para qualquer ser humano, encontrou apenas o vazio. Fei saltara para longe e colocara-se em posição de defesa, já recuperado pelo poder do sua técnica ‘Valor de Ferro’, que aumentara sua força.
Scud tornou a atacar, ainda mais veloz do que qualquer humano comum, mas apesar da força e velocidade, ele não era um verdadeiro lutador. Seu primeiro ataque com a faca encontrou o vazio, e sua guarda ficou aberta por um instante maior, e um Senretsu de Fei o jogou para o alto e para trás, conseguindo uma ovação ruidosa do público.
Semifinais do torneio. Fei olhou para o adversário e surpreendeu-se, pois não era ninguém menos que Dan. O menino olhava para ele com o mesmo olhar rancoroso de antes, e não era menos surpresa o simples fato de ele estar ali.
_ O que está fazendo aqui, Dan?
_ Hmph! Eu fugi da casa da Yui! Estou aqui pra vingar a morte da minha irmã! Seu assassino! Você vai pagar!
_ Dan, por favor...
 Nem mesmo para manter o disfarce de seu amigo Fei se obrigaria a lutar com Dan, e o menino aproveitou para atacar com golpes que o próprio Fei lhe ensinara, enquanto dizia atacar por sua irmã, por Timothy e por todos os de Lahan. Fei não teve problemas para se afastar ou para conter os golpes do menino; ele conhecia todas aquelas técnicas, afinal, e sabia como evita-las, e esperou poder continuar apenas se defendendo e esquivando, levando Dan a se cansar.
De repente, Dan se afastou e uniu as mãos, reunindo energia do Chi diante de si.
_ Heh! Não vai escapar, seu assassino!
E a liberou num Tiro Guiado de grande poder e intensidade, uma versão em miniatura do poder do Weltall em aparência e, Fei logo percebeu, talvez quase em força, também. A rajada de energia recobriu o rapaz e o empurrou para trás com violência, e Fei precisou de toda a sua força e concentração para não ser jogado para fora da arena.
Dan lançou outra vez o Tiro Guiado, e Fei não conseguiu esquivar-se, suportando sem poder se mover e esperando que Bart aproveitasse a chance, porque não acharia que passaria daquela luta.
Bart, enquanto isso, estava num lance de escadas e subindo depressa. Haviam alterado algumas coisas dentro do Castelo Fatima; nem tudo estava como ele se lembrava, e agora, havia guardas atrás dele. Tiros espocaram atrás de si e ele subiu, desaparecendo da visão de seus perseguidores. Eles continuaram a segui-lo e se voltaram para esquerda, por onde ele fora, e o jovem príncipe os atingiu de repente, balançando nos chicotes que prendera a um caibro do teto e derrubando os guardas de surpresa. Como iria imaginar que haveria vigias responsáveis o bastante para não estarem vendo seu amigo Fei na arena? Ou seria possível que Fei tivesse sido derrotado?

“Ah não, de jeito nenhum! – ele pensou consigo mesmo – Até parece! Ninguém pode ganhar daquele cara! É melhor parar de pensar bobagem e ir buscar a Margie; mesmo sem perder, uma hora ele vai ser o campeão, e o Torneio acaba. Tenho que me apressar.”

Nenhum comentário: