sexta-feira, fevereiro 15

CUMPRIR O PROMETIDO

Hm, achei que fazia menos tempo - o plano era deixar só duas semanas. Ah, bem, atrasado quase um mês, mas sempre aqui, saudações chuvosas do Louco!

Recentemente, uma série que eu acompanhava terminou, e já foi tarde na opinião da maioria (eu gostava da história, mas admito que tava se arrastando). Teve extras, teve lágrimas, teve romance e teve muita comédia, do jeito que eu gosto... mas notei uma coisa no final que acabou se tornando o meu tema pra hoje; Foco, criatura!!!

Não faz muito tempo, eu postei dizendo que a vida era boa, a felicidade até existe e ainda mais quando você começou a escrever sua história recentemente. Mais do que um mistério pros leitores, o próprio autor não sabe muito bem tudo o que vai acontecer - e mesmo que saiba, ainda tá sujeito a surpresas. E por isso mesmo, é preciso se concentrar em alguns detalhes como continuidade, número de personagens e, principalmente, objetivos.

No começo, você tá com todo o gás, enche a história de personagens e desenvolve alguns objetivos malucos, mas que vão ficar da hora com o todo, então tudo bem. E vai escrevendo, mais e mais, parecendo um tornado saído do próprio Caos, sem nem olhar pro que ficou pra trás.

Em dado momento, caso tenha a curiosidade de saber como está ficando (sério, era uma boa fazer isso de vez em quando; fica-se surpreso com o que se encontra), você pode perceber que uma idéia nova, que surgiu no calor do momento, tem pouco ou mesmo nada a ver com o que você pretendia fazer a princípio. Até aí, beleza. Mas pode muito bem rolar de você ter dito 'Zigue' no começo e agora estar afirmando que sua intenção sempre foi 'Zague', e que qualquer um pode conferir lendo o anterior!

Mais ainda, uma boa história precisa de alguns mistérios a serem resolvidos, e então é claro que você faz isso. Mas imagine-se, ó leitor, ouvindo o autor deixar claro que você vai ver o assassino da linda mocinha (mocinhos nunca são lindos, e não vão me convencer do contrário -_-'), e chegar ao último capítulo pra ouvir os personagens comentando como chegaram á conclusão, e como o assassino foi preso/morto/perdido/whatever... Peraí, mas como assim? Você volta, folheia e lê com toda a atenção, crente de que pulou ou perdeu alguma coisa; talvez seu livro tenha vindo com defeito! Mas não, o defeito foi do autor. Ele prometeu um crime que, eventualmente, deveria ser solucionado. E a solução fica subentendida no final, mas não é efetivamente mostrada. Broxante, né?

Resumindo? Foco, galera. Releiam quantas vezes forem necessárias. Certifiquem-se de que o assunto novo, que surgiu em algum ponto do andamento, vai ter alguma raiz no início. Um dos meus animes de cabeceira do momento, Yu-Gi-Oh! 5D's, tem um personagem amigo de infância do herói que surge no meio da história e, como cada herói principal tinha uma carta de dragão, é claro que ele também ganha uma, já que sua importância cresceu de zero a cem no meio da série. Beleza, muito apropriado, sendo ele amigo de infância do personagem central e tudo... mas não é preciso tanta atenção pra perceber que não era o programa original. Mas tudo bem; ele 'foi' ambientado ao longo da história, teve participação importante e até final decente, então firmeza.

Sempre se imagine como o leitor. Você voltaria a ler algo de alguém que prometesse mundos, fundos e dar no couro pra, no final, te deixar no vácuo? Eu, da minha parte, tenho minhas dúvidas. Um final apressado, claramente feito só pra não deixar a história em aberto, mas que responda todas as perguntas, é satisfatório. Deixar uma resposta subentendida ou, pior ainda, sem solução... queima o filme legal.

Forte amplexo do Louco, que hoje passa correndo... e vai ficar de olho mais aberto nas conclusões e nos próprios prazos (duas semanas, Dimão! O Trato eram duas semanas!!!!)

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