PONTINHOS ENTRE PARÊNTESES
Fala gente que escreve, lê e curte! Saudações do Louco!
Já viram aquela coisa de encalhar, no temido 'Deserto de Idéias' (vivo falando disso ^^) e ficar mal das idéias, porque não importa o quanto se olhe pro papel/caderno/monitor, a sequência da história não vem? Pois é, vive me acontecendo, e até onde eu saiba, não tem nenhum remédio ou resposta rápida pra isso.
Mas respostas lentas também servem, principalmente quando isso ameaça ficar crônico. E é pra todos e todas que tenham esse tipo de problema que eu trago Saída pela Direita.
(O quê? Eu gostava de 'Leão da Montanha' quando era garoto!)
Embora eu tenha comparado com um mapa, e isso seja muito pessoal, acho que a maioria das pessoas que escreve 'tem' uma boa idéia do que quer escrever. Talvez não a história toda, desde o início, mas uma base razoável dos começos, meios e fins, certo? É claro, não podemos passar isso pros leitores sem ter preenchido os espaços vazios entre essas partes... mas nós, enquanto autores, sabemos que tem um vão (por vezes muito difícil de preencher). Afinal, seja o tipo de história que for, é preciso respeitar a ordem cronológica e manter os eventos acontecendo na sequência correta, certo?
Mas isso só vale pra quem lê.
Lembrem, autores têm suas responsabilidades, mas também têm uma boa dose de poderes sobre a história que estão contando. Então, viajar no tempo de um 'bolsão de história' até o próximo trecho que você sabe que vai colocar não é problema nenhum. Os eventos precisam ser lineares pra quem ler... mas não pra nós ^_^
Histórias ambientadas no futuro são lugar comum a essa altura (é sério, vai dizer que nunca ouviu falar do Exterminador do Futuro?); a base delas, na esmagadora maioria das vezes, é que se você vê o que causou o problema, dá pra voltar no tempo e tentar impedir - e se você prestou 'mesmo' atenção, como em Efeito Borboleta, deve ter visto que quanto mais se tenta mudar, pior a situação fica -_-' Mas deixemos isso pra outro dia.
O ponto é, se a idéia geral da sua história é como um mapa, em que você vê o ponto inicial mas não vê todas as estradas ligando o lugar em que se está e a próxima idéia planejada... nada te impede de pular pra próxima idéia e contar um pouco dela! Vai saber; de repente, um gancho excelente pra o trecho em que se encalhou surge do nada.
A maioria das pessoas, até onde pude notar, costumam pensar 'linearmente', e a idéia de dar um pulinho adiante pra contar detalhes do futuro não ocorre. Pessoalmente, enquanto pessoa presa num mundo onde se vive um dia por vez, eu mesmo prefiro não fazer isso. Mas quando rola aquele desânimo de olhar pra tela em branco, ou pra o papel preso na máquina de escrever por dezenas de minutos, bem, pode ser uma ótima hora pra um avanço rápido. Algo tipo...
(...)
... e não sabia muito bem aonde estava, ou como havia chegado ali. Os amigos não estavam em lugar nenhum, e o piso poeirento fazia pensar num lugar há muito não utilizado. Um depósito abandonado? Ou coisa do tipo. Forçou a memória, e sentiu a cabeça doer. Onde estava, e como fora parar ali?
(...)
Alguém disse uma vez, e é verdade, que é muito mais fácil bolar o começo do que o final. Há mistérios a serem resolvidos, personagens a serem apresentados, situações e vilões a se conhecer. No final, tudo o que havia de relevante já rolou, as coisas estão com aquela cara de 'letreiro no fim do filme'... e exige uma boa dose de disciplina pra se levar a história a bom termo. Mas ao dar esse 'pulinho', você devolve um pouco do mistério e da trama a ser revelada pra o primeiro leitor: você mesmo! E meu, fica muito mais fácil puxar ganchos; nem você sabe muito bem o que vai acontecer depois... mas a essa altura, ficou doido/a pra descobrir ^_^
Forte amplexo do Louco, e continuem escrevendo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário