terça-feira, março 9

Aos seres que ainda surgem por aqui, achando que este desorganizado que vos fala terá algo mais a dizer, saudações do Louco!


O sumiço? Só o básico, tava sem idéia do que escrever. E mais, tava terminando - de verdade - o meu 'Conto: O Mundo da Batalha Perdida'. Ah, duvidam? Terminei. Tá lá, acabado, serinho!


Tanto, que passei parte do domingo escrevendo essa introdução (ainda não decidi se devia entrar antes do prólogo ou não). E resolvi que ficaria legal aqui, e ajudaria algo a compensar meu sumiço mais recente.


Bom, vcs sabem, eu falo demais quando venho aqui. É preciso dar tempo pra ler tudo ^^' Assim quem vier não tem que se apressar. Heh, e espero conseguir postar; sei lá se o blogger esqueceu de mim por tanto tempo que eu não venho, mas tá meio de rosca postar.


Sei lá por que, achei que devia montar esse capítulo extra (coisa típica de escritor desorganizado - ? – explicar de onde vieram seus personagens depois que a história terminou...), mas me peguei pensando nisso durante o banho, e escrever esse extra me pareceu bem legal. Desculpe quem quiser saber da história de uma vez, e ir direto pro que interessa. Mas pra fazer valer a pena ter lido até aqui, digo isso: se quiser ir mesmo direto ao que interessa, é melhor começar a ler do capítulo nove.

Verdade. O ‘prólogo’ é interessante, mas parece só delírio comparando com tudo o que você vai ler a partir dali. E dos capítulos um a oito, eu me dediquei a contar um pouco de cada personagem principal da história, uma coisa que eu planejei fazer, mas não escolhi de fato como ficaria.

Explico. Um dos meus jogos favoritos (adoro jogo de videogame, principalmente os que contam boas histórias ^^) começa desse jeito, com uma apresentação solo de cada um dos personagens importantes, embora eles tenham se restringido a três no dito jogo, e na minha história... bem, tem mais personagem importante que isso. Diacho, até um capítulo pro vilão eu coloquei!

Não estou dizendo pra ‘fazer’ mesmo isso. Ao contrário, comece do começo! Me esforcei (um pouco) pra que as histórias individuais fossem interessantes, e acho que consegui o que queria; elas merecem ser lidas. Mas aos práticos (pra não dizer apressados -_-‘) que não curtem enrolar e preferem saber de vez do que se fala na história, será mais prático pular algumas páginas. Aqui, sejamos democráticos, e imitemos os livros de aventura-solo do RPG; ‘se você quer evitar apresentações e partir para o ponto vital da história, vá para o capítulo nove; se você é do tipo que gosta de saber de quem se fala ‘antes’ de saber do que se fala, vá para o capítulo um’.

Disse ‘um pouco’ na parte do esforço porque, como todo autor de mais de uma história pode atestar, começar uma história não é de fato um grande esforço. Ela parece que nasce e cresce sozinha, dependendo do autor apenas porque não pode se digitar/datilografar sozinha. E o autor por sua vez é como um desmemoriado diante de uma estrada; não sabe bem pra onde vai, nem o que vai encontrar quando chegar lá, só sabe que está fora de questão ficar parado ali, pasmando. Então, me permitam dar os primeiros passos pra ilustrar sobre que estrada você vai andar, se começar do começo...

Capítulo 1 – Foi o começo de tudo, mesmo, antes até do prólogo (que foi introduzido depois do capítulo quatro, acho), e como acontece com toda história, tudo o que eu sabia era que queria um pirata no time. Nem lembro se tinha acabado de assistir Piratas do Caribe ou não, e nem importa. Mais interessante é que eu não sabia nada do nosso herói, o capitão. Quem ler vai notar fácil que eu sabia muito mais sobre a tripulação, especialmente sobre o Imediato (Dionísio já nasceu com nome, personalidade peculiar e muita autoridade, e eu nem sabia o nome do capitão. De onde veio o nome, caso queiram saber, é só perguntar pro meu irmão Emilson. Sobre o nome do Malco também ^^). Todo o resto, me atrevo a dizer, nasceu espontaneamente, e com muito pouco de controle meu próprio (outra coisa que acho que autores podem atestar, você sabe pra onde ‘quer’ que a história siga, o que não quer dizer que controle a coisa, ou que saiba tudo a respeito).

Capítulo 2 – Esse, ao contrário, é um dos meus personagens persistentes. Uma amiga me convidou a participar de um RPG on-line uma vez (eu não punha muita fé, mas achei que merecia o benefício da dúvida) e tínhamos que fazer uma ‘história de apresentação’ do personagem. E assim nasceu esta versão de Kane.

Foi muito fácil escrever, embora eu não tivesse muita idéia enquanto as letras iam caindo nos lugares. O RPG on-line acabou não vingando, mas fiquei com a história e, quando comecei a escrever o ‘Conto’, decidi que era uma boa chance pro velho Kane continuar seu caminho a partir de Prímula. E gostei do resultado; essa história perderia muito da sua graça, pra mim ao menos, sem ele por aqui.

Capítulo 3 – Outra coisa que eu não consigo dissociar do que escrevo é a idéia de equilíbrio. Humanos tendem a imaginar que coisas opostas são necessariamente inimigas (luz e sombra, som e silêncio, bem e mal...), mas eu não necessariamente concordo. Acho que um existe pra contrabalançar o outro, pra dar-lhe sentido, mas não têm que ser inimigos, não sempre. E algum tempo atrás, entre estes jogos que jogo, tive uma idéia de escrever qualquer dia sobre um homem e uma mulher, envolvê-los com magia e ciência e fazer deles adversários. Imagine o quanto, por vezes, é difícil um homem entender o que se passa na cabeça de uma mulher, e vice-versa; acrescente cada um abraçando um dos dois mantos, magia ou ciência, e se tornando conhecedores e sábios em seus campos, a ponto de pensar que o outro é uma perda de tempo, ou tolice. Finalize lembrando que homem, quando se sente superior (ou quer se sentir assim) gosta de provocar a quem não gosta. Pronto; temos tudo o que é preciso pra um casal de inimigos bem motivados, muito habilidosos em seus próprios campos... e também, eu poderia matar minha vontade de escrever sobre um duelo de magia e ciência.

O resultado do duelo, a intromissão do Suserano de um estranho misterioso foram coisas que eu não tinha planejado a princípio, mas como sempre acontece, acabaram servindo muito bem ao seu propósito; me deram fundo histórico e base pra eventos posteriores. É claro, também deram mais espaço pra tratar melhor do simpático casal de ‘inimigos’.

Capítulo 4 – Poucas coisas nos meus jogos favoritos me interessam mais do que explorar ruínas. Sério! Eu adoro história no mundo real, embora não tenha jeito pra arqueólogo (odeio acampamento, sou alérgico a poeira e sou estabanado demais pra resgatar coisas delicadas; perigava eu quebrar ainda mais o que já seria uma ruína. Pelo bem da história, e da restauração de artefatos, é melhor que eu fique beeeeeem longe da arqueologia), mas chegar num estágio da história em que se ande por ruínas antigas, que se veja prédios caídos ou cidades abandonadas me fascina, desperta e excita minha imaginação de um jeito que não há como explicar. Mas, é claro, eu não posso influir na história dos jogos; são histórias de outras pessoas, e só posso participar delas como espectador.

O nosso ‘ladrão, ou colecionador’ do capítulo quatro veio pra suprir essa necessidade. Eu também não sabia muito sobre ele até então (ele demorou pra ter um nome, quase tanto quanto o capitão). Não estaria errado dizer que ‘era eu’, andando por uma ruína e explorando como sempre quis fazer nos jogos, me divertindo como acho que um autor deva fazer enquanto escreve. Gosto muito desse cara, gosto mesmo. Eu consigo ‘ver’ as ruínas, e sua história antiga enquanto escrevo os detalhes, muito do modo como ele próprio consegue; isso, por si só, já é motivo pra tê-lo a bordo.

Capítulos 5 e 6 – Os capítulos acabaram puxando, um ao outro. Depois do quatro eu fiquei parado um tempinho, mastigando uma outra idéia que tive depois de ouvir duas músicas de letras sugestivas, uma delas que eu já tivera fazia tempo, mas só então compreendi a letra. Fiquei absurdamente triste, como quase sempre acontece quando crio um personagem ou mais com passado triste, e criei um personagem que se adequasse à minha idéia. O resultado foi o capítulo cinco, apresentando alguém que pudesse contar a história de tal personagem (além de ter me ocorrido, também, que em tanto tempo de história eu nunca tinha criado um menestrel), e acabou sendo menor do que eu supunha. Afinal, a ‘ação’ mesmo vinha no capítulo seguinte.

Foi meio que sem querer. No meio do processo de criar o cinco eu tive outra idéia (amplamente influenciada pelo clima de faroeste em Kill Bill, que eu tinha assistido pela primeira vez), e quase que o interrompi no meio pra continuar o seis. Quem ler vai perceber, talvez, é um final sem eventos, considerando tudo o que acontece no capítulo seguinte. Mas, novamente, eu não planejei bem como isso ia acabar. Só foi acontecendo.

Capítulo 7 – Uma das coisas que sempre me incomodaram assim que adquiri algum senso pra questionar o que me diziam era sobre a dita imagem do demônio. Como é que um bicho grande, de casco de bode, pele vermelha, chifres e rabo conseguia seduzir/tentar alguém, se ser humano fica desconfiado até quando vê outra pessoa chegando perto, se essa pessoa apenas estiver mal vestida, ou em casos mais extremos, até mesmo tiver outra cor de pele? Quando guri eu morria de medo daquela versão ‘Deus Pan’ do diabo, e não duvido que se tal coisa existir mesmo, sua aparência interior devia ser algo daquele tipo, ou milhares de vezes pior. Nem discuto.

Outra vez estava ouvindo música, e o ‘modelo’ do personagem simplesmente caiu em mim como uma bomba, e eu ‘tinha’ que fazer esse capítulo pra falar dele. Talvez eu esteja errado, mas parece até aqui que é o vilão mais perigoso que eu já criei. Por que, você pergunta? Porque ele é o cara perfeito pra te convencer que pode dar aquilo que você mais deseja. Ele não precisa de hipnose, lavagem cerebral ou coerção pelo medo pra conseguir o que quer; está muito acima disso. Ele ‘vai’ te convencer que você quer colaborar com ele, e vai te convencer de tal jeito que você vai ter certeza de que tomou a decisão sozinho, e que é o melhor negócio que poderia ter feito.

E aí ele te engole.

Capítulo 8 – Eu ia começar a história daqui, pra dizer a verdade. E estava na iminência de fazê-lo quando me ocorreu que uma ‘donzela indefesa’ é algo que eu nunca tinha criado, ou que não criava já fazia mais de dez anos. Os motivos talvez não importem, mas por algum motivo, eu não consigo criar uma menina que fique totalmente dependendo de ser salva por alguém, mesmo sendo da geração onde as meninas só entravam no grupo pra fazer número (heh, devo ser mais velho do que pareço, né? ^^)

E assim veio ela. A bem da verdade, eu tinha escolhido outro nome, algo mais tribal, acho (sem nenhum motivo, também. Só aconteceu), mas voltei pro plano original. Vai desculpar quem achar ruim, mas eu sempre quis dar o nome de ‘Luna’ pra uma personagem minha (desde que vi um vídeo de TheSilver Star Story no YouTube, vou fazer o que?). E quando o capítulo ia da metade pro final, eu decidi que ela já conheceria um dos heróis até então apresentados. E aqui eu confesso, outra vez, que sou de uma geração antiga (e daí?); gosto da coisa do herói e da mocinha esperando um pelo outro, sabendo que não podem ficar juntos pra começar, mas que isso um dia muda. Talvez achem piegas... mas dane-se, é a minha história, e eu achei que ficaria legal. ^^

Finalizando, pra quem acha que eu estraguei alguma surpresa até aqui... Escolha um dos oito capítulos mencionados ao acaso, e leia. Fora o nome de um ou outro personagem, posso garantir, não contei nada que vá estragar sua diversão. Nunca faria isso. ^^


... E esse deve ser o capítulo de Introdução. Será que fica legal? Forte amplexo do Louco, ponderando!

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