NÃO PENSEI EM NADA

Olá gente que lê, estuda, trabalha, treina... ou não faz nada além de ver blogs por aí ^^' Saudações domingueiras do Louco!

Pois é, o título falou tudo... Desculpa gente, mas tô voltado pro que estou escrevendo (a batalha naval do Conto da Batalha Perdida atinge seu clímax), e acabei não me concentrando muito no post de hoje. Vai ficar só pela música mesmo...

Viu, e mais alguém reparou em como a net tá zoada? Ou é só aqui em Andrecity mesmo? Desde aquele pau homérico que rolou na Telefonica, as coisas aqui andam em altos e baixos. Por vezes, eu mal consigo abrir conexão, muito menos ver outras páginas - a minha inclusa. Tem dia que é uma batalha abrir a página menu do blogger.

Bom, mas chega de chover no molhado. Aí, gente que diz que não gosta de música brasileira, babem por essa aqui. História do cotidiano, que podia tá muito bem em qualquer noticiário da noite... e contada de forma poética, escolhendo proparoxítonas pro final de cada verso. Isso é fazer música, pensar a respeito e bolar um negócio que dá gosto de ouvir, ao invés de se preocupar com ficar por aí, fazendo Créu... ><'

(Tá, a cada um o seu gosto, foi mal... Mas que a música de hoje 'foi' mais bem pensada e tem um resultado final melhor, não tem o que discutir tampouco)

Forte amplexo do Louco, e espero que curtam! Verei vcs na semana q vem, espero, com uma idéia melhor

Construção (Chico Buarque)

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo por tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou prá descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
E agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o único
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo por tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou prá descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
E agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Tijolo por tijolo num desenho mágico
Sentou prá descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado