domingo, agosto 3

SAINDO DO NADA (ou ‘A lei do improviso’)

Olá gente domingueira, semaneira e todos os outros ‘eira’s que existam! Saudações do Louco!

Vida nova, internet funcionando como deve de novo, e a mesma falta de assunto de sempre. Então, ao menos não vou repetir nada hoje; enquanto rola uma chuva que fez falta lá fora, me ocorre perguntar Você Consegue?

Nas minhas viagens literárias (entenda-se, ler livros), eu deparei com o certamente já mencionado Angústia (Misery) de Stephen King, um dos meus favoritos no gênero, que mostra um escritor aprisionado por uma fã psicótica, e o perrengue que ele passa nas mãos dela. O filme Louca Obsessão conta com uma brilhante participação da Kathy Bates no papel da enfermeira e doida Annie Wilkies, e é o verdadeiro sentido de clássico pra mim (um filme antigo e de boa qualidade), mas o livro tem muito mais detalhes da história. Particularmente, um trecho em que Paul Sheldon, o escritor prisioneiro, lembra da infância e quando estava na escola, num quadro de redação onde o menino contava a história de um personagem desastrado, e cada aluno tinha que contar um pouco da história, e a pergunta era se o seguinte conseguia continuar o conto de Connor, o Desastrado. Ele adorava a brincadeira, porque sempre conseguia vencer.

E vocês, conseguem? Se alguém vier contando uma história qualquer, dá pra inventar uma sequência coerente pra ela? É engraçado, porque um monte de gente sempre tem uma boa idéia na hora de ler, assistir ou comentar o roteiro de alguém. Você sempre pode pensar em outro fulano que devia ficar com a fulana no final da novela, ou pensar que esse ou aquela personagem de tal jogo ou livro não devia ter morrido, ou viajado pra longe. Ei, os fanfics são prova cabal do que eu tô falando; todo mundo pode pegar ‘essa’ sua história favorita e pensar ‘nesse’ ou ‘naquele’ jeito de deixá-la melhor. Ao menos, melhor do ‘seu’ ponto de vista pessoal.

(ei, não estou criticando ninguém, estou no mesmo barco! Eu reescrevi o final de Final Fantasy VII pro meu próprio uso, não posso apontar o dedo! E já tinha feito coisa semelhante antes, e tornarei a fazer, acho eu! ^^ Certos hábitos a gente não perde)

E é de onde vem a minha pergunta. A resposta, eu acho seria ‘todo mundo consegue’, desde que a coisa seja feita livremente, o clássico ‘palpite’ que todo mundo sabe dar. Isso porque história, até certo ponto, é uma coisa tão contagiosa quanto riso, ou choro, ou sono (quem nunca abriu a boca num bocejo ao ver outra pessoa fazendo o mesmo?). Quanta gente não se reúne, ou reuniu em uma roda de amigos, e não resistiu ao impulso de contar algo parecido, ou com alguma relação vaga ao que alguém falou antes, também buscando aprovação e satisfação? E, olha só, a satisfação de quem conta uma história de dar medo (aquela clássica história do caminhoneiro que rouba o anel de diamantes da caronista, e depois pega uma moça sem dedo...?) é assustar a audiência, assim como a de quem conta uma piada (por pior que seja) é fazer os outros rirem, e quem conta uma história triste (é, eu conheço alguns que curtem contar cartas do Ely Corrêa ou o mais recente drama no De Volta Pra Minha Terra -_-‘) é deixar aos demais penalizados ou tristes. Toda a pessoa é um contador de história em potencial. Todos ‘querem’ cativar a audiência com um ‘causo’, ou uma lenda urbana, ou uma piada que ouviu no serviço.

A gente só trava mesmo quando tá tentando escrever/contar uma história ‘própria’, e sente aquela obrigação de chegar ao fim, acho. Ou quando precisa de uma ‘nota’ (no caso do trabalho de escola do ‘Connor’, citado lá em cima) pro que vai inventar. E, sim, estou mencionando isso por achar-me numa situação parecida até recentemente ^^ Heh, quando a inspiração não vem, fale sobre ela! A gente se arruma como pode...

Forte amplexo do Louco... Hm, e que música será que rola hoje...? Peraí... Ah! Já que estamos falando de histórias, vai uma música antiga, que pelo que ouvi dizer, foi adaptada de uma história de bardo. Bão, eu não sei se o tal bardo era bom, mas sempre gostei muito da versão do Toy Dolls. Divirtam-se! ^^

"Nellie The Elephant" (Toy Dolls)
‘Nellie, a Elefanta’

To Bombay a travelling circus came
Para Bombay um circo viajante veio
They brought an intelligent elephant
Eles trouxeram uma inteligente elefanta,
and Nellie was her name
E Nellie era seu nome.

One dark night she slipped her iron chain,
Numa noite escura, ela soltou sua corrente de ferro
and off she ran to Hindustan
E para longe ela fugiu, para Hindustan,
and was never seen again
E nunca mais foi vista…

oooooooooooooooooo...

[Chorus:]

Nellie the elephant packed her trunk
Nellie a elefanta fez suas malas
and said goodbye to the circus
E deu adeus ao circo.
off she rode with a trumpety trump
Para longe ela cavalgou com trote trotante
trump trump trump

Nellie the elephant packed her trunk
Nellie a elefanta fez suas malas
and trundled off to the jungle
E desembestou para a selva
off she rode with a trumpety trump
Para longe ela cavalgou com trote trotante
trump trump trump

Night by night she danced to the circus band
Noite após noite ela dançava para a banda do circo.
When Nellie was leading the big parade
Quando Nellie estava conduzindo o grande desfile,
she looked so proud and grand
Ela parecia tão orgulhosa e extraordinária.

No more tricks for Nellie to perform
Chega de truques para Nellie desempenhar.
They taught her how to take a bow
Eles a ensinaram como se curvar
and she took the crowd by storm
E ela tomou a multidão de surpresa

oooooooooooooooooo...


[Chorus x2]

The head of the heard was calling far far away
O líder da manada estava chamando, bem distante.
they met one night in silver light
Eles se encontraram uma noite, sob a luz prateada,
on the road to Mandalay
Na estrada para Mandalay

oooooooooooooooooo...

[Chorus x2]


OBS: Eu sei que não se diz ‘elefanta’ normalmente, mas eu tentei deixar tão próximo quanto achei que podia de ‘linguagem de bardo’.
Se não gostaram da letra, foi mal... mas procurem a música, ouçam e leiam de novo, e dêem a ela uma segunda chance ^^

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