domingo, julho 13

EU AMO O MEU TRABALHO ^_^

Olás pessoas! Em meio a uma tremenda crise internética (sei lá o que houve com o sistema da Telefonica), saudações do Louco que vai postar quando puder!

Na verdade, tava sem idéias pra postar até alguns minutos atrás. E lembrei então de ter ouvido amigos dizendo, mais de uma vez, que não entendem como se consegue escrever o tempo todo, sempre tendo idéias pra outra história, uma atrás da outra. Pra mim a pergunta é justamente o contrário; não entendo como há pessoas que conseguem passar dias, meses, anos inteiros sem ler e/ou escrever algo, fictício ou baseado em fatos reais. Sério, eu fico agoniado quando não rola nada por dias, é como se não comesse ou não tomasse banho, ou não atendesse alguma dessas necessidades vitais de todo dia. E aproveitando esse clima de bom humor e incompreensão, trago à baila a idéia do Prazeres e Infernos do Escritor.

Como eu mencionei e acho que repeti antes, a coisa de escrever não é bem um passeio, mesmo quando a gente ‘gosta’ do hobby. Bolar a idéia original, escrever as primeiras páginas e deixá-las interessantes é um processo quase natural, a ponto de sequer dar pra preocupar. Pra quem já assistiu a primeira temporada de Lost, fica mais fácil fazer uma comparação. Imagine que você acabou de cair na ilha e sabe que tem algo lá fora que precisa ser descoberto. Tem alguns indícios do que pode ser, ou que tem mais de um mistério a se descobrir, mas é só. Glorioso, você chega a esfregar as mãos uma na outra (se for empolgado como eu ^^) diante do campo vasto que se descortina diante de vc. Qualquer coisa é possível. Qualquer direção é possível. Desfechos quase infinitos desfilam diante dos seus olhos, e é facinho se perder na contemplação das possibilidades.

E é aí que tá o perigo. Onde a gente deixa de cumprir com a obrigação. Uma idéia pode acabar sendo longa, e quanto maior mais fascinante... e mais fácil de se abandonar no meio do caminho. E é onde o valor do autor de longa distância é testado. Vc agüenta levar até o fim? Tem responsabilidade o bastante pra isso? Consegue fazer sua mágica durar até o fim, mantendo a história interessante até que alcance aquele momento que a gente tanto ama e odeia, de dizer adeus àquele mundo e pessoas até a seqüela, se houver? É barra, posso adiantar, jogo duro mesmo. Mas posso dizer que a satisfação equivale à maioria das boas experiências que se pode ter na vida, e garanto. Cumprir uma longa maratona de exercícios, percorrer a pé um caminho demorado, conquistar aquele sonho que por vezes parecia que ficaria só como sonho mesmo... Faça uma lista, e eu relaciono. Terminar uma boa história de maneira satisfatória, pouca coisa na vida pode ser melhor.

Tem todo o tipo de distração, claro; mania minha, por exemplo, é não me sentar pra escrever se não tiver pelo menos uma hora de ‘janela’, sem me preocupar com sair ou horários pra qualquer coisa que seja, a não ser que venha uma daquelas inspirações que não respeitam hora, lugar e nem qualquer outra coisa. As pessoas te chamam ao telefone, ao portão, te pedem pra ir comprar alguma coisa... e aquele momento, em especial, não é muito bom pra vc sair, não se quer terminar o serviço decente que começou. E, uma coisa interessante sobre muitos autores... Nós somos muito chatos. Não queremos que ninguém veja a princípio, pq a maioria é tímida. Devidamente encorajados a falar a respeito, porém, só queremos falar daquilo que estamos fazendo, ou já fizemos. Pq, por mais ‘caipiras’ que sejamos, queremos a opinião de outras pessoas, e nem adianta dizer o contrário. Tememos críticas, tememos ouvir ‘não está bom’, ou algo do tipo... mas não podemos julgar apenas por nós. Até mesmo escrever, tem que ser feito apenas por nós e nossos colaboradores (em caso de co-autorias), mas não dá pra avaliar sozinho. Ponto.

Mas, eis uma coisa que vale a pena fazer, e continuar fazendo. Vc tem uma tremenda dose de responsabilidade em mãos pra lidar, fecourse, mas é muito gratificante, demais pra não se querer continuar. Na sua mente você vê ditadores, impérios (já notou como é sempre um império?), piratas, dragões, vampiros... escritores de ficção ou realidade, sempre vão ter seus tipos favoritos de vilões pra colocar. Pode ser um mago das trevas ou algo do tipo, pra os autores de fantasia, ou um familiar elegante, distinto e sacripanta, pra aqueles mais chegados à realidade da vida ou ao gênero novela das oito. E os heróis podem ser criaturas virtuosas, dispostas a trazer a luz de volta ao mundo sombrio, ou alguém até sacana, também, mas essencialmente você torceria pra essa pessoa quando lesse. E cara, vale a pena trazer essas criaturas à baila, fazer com o que ‘nós’ estamos vendo com o olho da nossa mente ficar visível pra todo mundo que se interesse, também. Que aqueles com tempo e curiosidade pra passar algumas horas acompanhando palavras em linhas se aventurem e acompanhem com os olhos o que nossa imaginação; a recompensa costuma ser generosa.

Claro, seria mais legal se o público curtisse, mas hoje em dia as pessoas não querem ler. Cansa. Dói a cabeça. Dá preguiça... e quem sou eu pra me meter na preguiça de outra pessoa? ^^’ É só que é um pouco triste, tragicômico. Reclama-se da falta de sono e do trabalho que dá pra adormecer quando se está preocupado, e reclama-se do sono que os livros dão, e ninguém percebe que a solução de uma coisa está na outra; esquecer dos problemas na hora de dormir é pateticamente fácil se vc submergir-se nas páginas de uma boa leitura por meia hora, ou quanto tempo agüentar antes de ser dominado pelo sono. E ainda se iria dormir sem se preocupar com o que vai acontecer com a Juma ou o Zé Leôncio, ou qual das duas é a verdadeira culpada na novela das oito... Tanta variedade, tantos temas, tantos finais possíveis pra ficção ou realidade, tanto a se aprender com um esforço mental mínimo... e ainda assim, tanta gente persiste em desligar o cérebro.

*suspiro*

Nas palavras imortais do Pica-Pau, ‘Sabe... O povo é meio doido’. Mas isso também é o livre arbítrio, né? ^^’

Mas isso também é da sina do escritor; fazemos pra o público, pra quando e se o público quiser ver. É um prazer muito grande que as pessoas leiam, comentem e curtam o que leram... mas acho que a maior realização ‘precisa’ estar em gostar de escrever. Atravessar os insalubres e onipresentes ‘Desertos de Idéias’ e suas vastidões áridas, que nos fazem vacilar incontáveis vezes e duvidar que vamos terminar a história... Ser interrompido, criticado ou as duas coisas... Se isolar pra poder ter plena concentração (escritores são fadados a ser criaturas solitárias, a não ser que escrevam apenas com co-autoria; é difícil se concentrar pra escrever com outras pessoas falando por perto)... Claro que é pra outras pessoas verem, e quem sabe um dia, vermos nossos nomes em alguma livraria (como eu já disse algumas vezes), ou até ver nossas obras virando filme (e olha que não é má idéia. Nada contra os ‘remakes’ que andam rolando, mas começo a desconfiar que a idéia dos caras em Hollywood está começando a acabar. Pra cada nova idéia de filme que surge, tem três ou quatro ‘remakes’ ressuscitando algum dos velhos sucessos)...

... mas, como descobri com Christabel, antes de tudo nós escrevemos porque queremos. Não necessariamente porque alguém vai ver, ou comentar. Porque é um absurdo ver tanta coisa diferente, tanto que ‘merece’ ser contado, e simplesmente ignorar. Não dá pra deixar quieto, e nem queremos. E, afinal *dando de ombros* não temos nada melhor pra fazer, e alguém precisa contar, né? Melhor começar logo, então! ^^

Forte amplexo do Louco, tentando postar como puder... e vejamos se vai. E, falar nessas, tá na hora de retomar meu ‘Conto da Batalha Perdida’, não se pára uma história no meio de uma luta, poxa...

Ah, claro, vou precisar de uma música... peraí, vamos ver... Tá, acho que essa vai bem. Eu sei, já fui de Nightwish no post passado, mas afinal de contas, as músicas são legais, e é o que deu vontade de postar, vai... #^^# Me dêem uma folguinha... e forte amplexo do Louco (rezando pra conseguir postar antes da conexão ficar ruim de novo)

P.S: Há algum tempo, eu mencionei a uma amiga que essa música, na versão ao vivo, ao menos, tinha um pouco a cara do Inuyasha, e ela respondeu que não só ele, mas muitos outros caras que seguem a mesma linha. Acho que tinha razão. É, vai ver eu tô colocando essa música hoje pelos rumores de que finalmente a série do Inuyasha chegou ao fim. Tomara que tenha valido a pena a espera ^^ Bão, chega de enrolar galera, forte amplexo!


Astral Romance (Live) – Nightwish
Romance Astral (versão ao vivo)

A nocturnal concerto
Um concerto noturno
Candlelight whispers me where to go
Luz de vela me sussura para onde ir
Hymn of gathering stars as my guide
Hino de estrelas que se reúnem como meu guia
As I wander on this path of the night
Enquanto eu vagueio neste caminho da noite.

Embroidery of the stars
Bordado das estrelas
Undress my feelings for this earth
Despem meus sentimentos por esta terra
Send me your salva to heal my scars
Me envie sua salva para curar minhas cicatrizes
And let this nakedness me my birth
E faça desta nudez de mim o meu nascimento.

Macrocosm poured its powers on me
Macrocosmo derramou seus poderes sobre mim
And the hopes of this world I now must leave
E as esperanças deste mundo eu agora devo deixar
The nightwish I sent you centuries ago
A prece noturna que te enviei a séculos atrás
Has been heard by those who dwelled in a woe
Foi ouvida por aqueles que habitavam em um vazio.

The distance of our bridal bed
A distância do nosso leito nupcial
Await for me to be dead
Espera para que eu esteja morta.
Dust of the galaxies take my hand
Poeira das galáxias, tome minha mão.
Lead me to my beloved's land
Me conduza até a terra do meu amado.

"The constant longing for your touch
“O anseio constante pelo seu toque
This bitter ocean of hatred and pain

Este oceano amargo de ódio e dor
This loneliness I need to be who I am"

Esta solidão de que eu preciso para ser quem eu sou”

"The oceans are as alone as I
Os oceanos são tão solitarios quanto eu
Somebody take away this gift of mine

Alguém leve embora este dom de mim
No charisma for the beast! But still I love you forevermore"

Sem carisma para a fera! Mas ainda, eu amo você para sempre e além”

"Come to me
"Venha para mim
Deliver me from you
Me liberte de você

And from all the days of the Earth"
E de todos os dias da Terra”

No last words to say
Sem palavras finais para dizer
Only memories remain
Apenas memórias restam
A farewell then, my path goes forever on
Um adeus então, meu caminho segue adiante para sempre

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