domingo, junho 8

VIDA PRÓPRIA


Olá leitores e leitoras! Ainda por aqui, saudações do postante Louco!

Pois é, essa semana eu banquei o Kakashi (do Naruto) e me perdi num caminho chamado vida... ^^ E enquanto o fazia, ponderei um pouco sobre como a gente supostamente controlava as próprias histórias, mas não de verdade. E é assim, meio com medo de estar me repetindo, que puxo o assunto da Vontade Própria.

Autores e autoras bons e organizados costumam ter uma idéia de como será cada história, poema e stuff que vão fazer, ou é o que eu sinceramente acredito. Como a maioria dos leitores pode imaginar, porém, não é a mesma coisa você ter um ‘conceito’ já preparado e a ‘história’ toda preparada. Na falta de uma comparação melhor, eu diria que é como ver o mapa de um caminho do qual já se ouviu falar, mas nunca se percorreu de verdade. Você pode imaginar o que vai encontrar, até mesmo visualizar um ponto ou seis com o olho da sua mente... mas não sabe direito como é percorrer a distância, ou que tipo de coisa inesperada vai estar entre um ponto e outro que você já ‘conhece’. Assim, embora haja um roteiro desde o início, não quer dizer que você vai seguí-lo de cabo a rabo. Pode haver uma ponte caída, um desabamento de encosta ou algo do tipo que vai fazer todo o planejamento descer pelo ralo.

E então (de novo, e sendo redundante à máxima potência), ao menos o que eu faço ao escolher caminhos novos pra chegar onde eu queria é desviar um bocado da rota original. Por vezes, desvio tanto que saio completamente do caminho, vou pra um lugar novo... e tanto o caminho quanto o destino final acabam sendo totalmente diferentes do que eu imaginava.

Resumindo a ópera, e repetindo algo que já disse uma vez, não sou disciplinado o bastante pra estabelecer um roteiro do início ao fim, com todos os detalhes, e menos ainda pra seguí-los da maneira retilínea que outros autores e autoras fazem. Altero o curso, altero o andamento da coisa toda... Por vezes, reinicio do zero e faço tudo de novo. Cansativo, trabalhoso... mas infinitas vezes mais prazeroso, na maior parte do tempo ^^

Autores têm poder absoluto sobre suas histórias. Verdade, temos mesmo. Inclusive, temos o poder de arruinar um trabalho que poderia beirar a perfeição, ou agradar a muito mais gente, apenas porque fomos teimosos o suficiente pra permitir que tal coisa acontecesse. Uma vez que a carruagem já vai à metade do caminho, fica muito mais difícil ‘fazer o que quisermos’ com a história, porque ela ganha sua vida própria. Os personagens já têm uma certa personalidade, bons e maus, e você já não pode fazer um deles agir ‘assim’ ou ‘assado’, não sem soar falso. E ao dar um passo desses, você tira do personagem a credibilidade. Tá, imagine que está vendo Darth Vader no meio de um dos clássicos duelos Jedi, quando ele recua com um salto, guarda o sabre de luz e puxa uma pistola laser do flanco esquerdo, disparando com mestria contra seu infeliz adversário. Tudo a ver com a personalidade sombria do homem, acho, apelar pra qualquer recurso em nome da vitória, mas... pistola laser? Vem cá, você tem certeza que aquele era ‘O’ Darth Vader, mesmo? Quero dizer, qualquer um pode colocar um capacete e uma capa preta...

E qualquer um que faça o mesmo com suas histórias vai estar exercendo seu direito. Mas depois não vai poder chiar quando a galera parar de ler. Digo, a não ser que você goste de coisas insanas e absolutamente sem sentido (eu ia citar o Créu, a banda Calypso e novelas das oito, mas acho que exemplos não são necessários, né?), pode ser muito frustrante perder o rumo do que se está lendo o tempo todo, né não? Lembro de um livro com uma história até legal que li faz algum tempo, que cometia um erro gravíssimo: tinha criado tanta coisa, tanto termo técnico ‘pra aquele mundo próprio’, com notas de rodapé explicando, que você não conseguia ler duas páginas sem ter que interromper a leitura pra descobrir do que, diabos, eles estavam falando. E, pra quem não entende cadê o problema, já tentou assistir um filme pausando a cada dois minutos pra atender ao telefone, ir comprar alguma coisa ou ir ao banheiro, simplesmente? Difícil se concentrar na história, né? Então...

A verdade, pra quem é leitor e talvez se surpreenda com isso, é que nem os autores sabem exatamente como a história vai terminar. Ah, nós sabemos como ‘planejamos’ que ela termine, podemos até sacrificar um pouco do novo sentido que surgiu enquanto escrevíamos em nome disso... mas não quer dizer que sabemos como ela ‘deve’ terminar. Alguns de nós podem acabar metendo os pés pelas mãos. E por essas e outras, alguns personagens de quem gostamos morrem, enquanto outros vão ao final quase ilesos. Por isso nós sofremos às vezes, tanto ou mais do que os leitores, com alguns rumos que as coisas tomam. Sim, mais do que os leitores. Por que nós ‘temos’ o poder pra mudar o evento, e no entanto não podemos fazê-lo. Não sem destruir todo o mundo que criamos pra isso, em nome de um capricho...

Forte amplexo do Louço, e... peraí, deixa ver uma música legal aqui... Tá, já sei... Aproveitando o gancho do filme, e a trilha sonora respeitável do clássico transformado pro cinema... E, sabe, essa letra me dá idéias...

Iron Man (Black Sabbath)
Homem de Ferro

I am Iron Man!
Eu sou o Homem de Ferro!

Has he lost his mind?
Ele enlouqueceu?
Can he see or is he blind?
Consegue ver ou está cego?
Can he walk at all
Será que consegue andar, ao menos
Or if he moves will he fall?
Ou, se se mover, vai cair?

Is he alive or dead?
Ele está vivo ou morto?
Has he thoughts within his head?
Tem pensamentos em sua cabeça?
We'll just pass him there
Vamos apenas passar por ele lá.
Why should we even care?
Por que deveriamos sequer nos importar?
He was turned to steel
Ele foi transformado em aço
In the great magnetic field
No grande campo magnetico
When he travelled time
Quando ele viajou no tempo
For the future of mankind
Pelo futuro da humanidade.

Nobody wants him
Ninguém o quer
He just stares at the world
Ele simplesmente encara o mundo
Planning his vengeance
Planejando sua vingança
That he will soon unfold
Que em breve vai desencadear.

Now the time is here
Agora chegou a hora
For Iron Man to spread fear
Para o Homem de Ferro espalhar o medo
Vengeance from the grave
Vingança do túmulo
Kills the people he once saved
Mata as pessoas que um dia salvou.
Nobody wants him
Ninguém o quer.
They just turn their heads
Eles apenas viram as cabeças.
Nobody helps him
Ninguém o ajuda.
Now he has his revenge
Agora ele tem sua vingança.

Heavy boots of lead
Botas pesadas de chumbo.
Fills his victims full of dread
Enche suas vítimas de pavor.
Running as fast as they can
Fugindo tão depressa quanto podem.
Iron Man lives again!
O Homem de Ferro vive outra vez!

2 comentários:

Vivy disse...

estou de voooooooooooooolta! finalmente vamos mandar email e nos comunicar de verdade!

Anônimo disse...

Hahahahahaha bem vinda de volta, irmãzinha!!! ^_^ *soltando rojões*

Já te mandei a resposta do e-mail, viu? ^^ Se não tiver recebido me avise pra eu mandar de novo. E bem vinda de volta às páginas do blog, tbm; vamos mantendo uma constância de posts até aqui!

Beijão do otouto