sábado, maio 17

Receita pra se fazer um autor

Fala, gente perseverante que ainda passa por aqui de vez em quando! ^^ Saudações do Louco!

Eu gostaria de gastar algum tempo aqui explicando onde, diabos, foi parar o resto do ‘Ruínas’ q eu tava postando. Gostaria de dar uma razão irrefutável pra ter desaparecido. T’sá, eu gostaria de fazer uma pá de coisa, mas a verdade é que eu tava sem idéias, inspiração... e saindo do final de ‘Xenogears’ (para maiores detalhes, sugiro uma visita à página do CAI na internet. Espera, acho que o link é http://www.cai.org.br/CAI-series/Xenogears/Xenogears.html ). Tá, isso é uma autopropaganda descarada. E daí, eu não ligo. ^^

Então, eu sempre preciso de um tempinho pra descansar depois do término de qualquer história, e fiz bom uso disso. Ou não... Bão, o fato é que eu não tive boas idéias, e sem boas idéias, sem post. That’s all.

Pois é, e o retorno às páginas significa a volta das idéias, ou ao menos mais uma. A minha intenção é aparecer uma vez por semana, pra não perder contato por tanto tempo de novo e pra não desanimar, e postar ao menos uma música nova a cada vez, caso não surja nenhuma idéia extra. Sei que não foi pra isso que a página foi criada, mas a verdade é que meu lado Darris (e alguns amigos, né Miki ^^) chama a atenção quando desapareço por tanto tempo.

Tá, chega de desculpas chinfrins. Pelo nome do post, os apreciadores de boa música já podem imaginar de onde eu tirei a idéia pra esse tributo (pode-se subentender ‘plágio’, se vc for uma dessas pessoas que gosta de procurar confusão) à banda IRA!. Como já dito em outros posts, essa é a ‘minha’ idéia pra a receita, e vou entender perfeitamente se alguém tiver uma opinião diferente. Mais ainda, sendo essa uma receita aberta (algo parecido com receita pra café e bolo, acho), sempre é possível retirar um ou seis ingredientes originais e colocar o seu próprio gosto, não? ^_~ Estejam á vontade pra adicionar ou subtrair ingredientes, visitantes!

Receita pra se fazer um autor

Toma-se um sujeito qualquer, com algum tempo disponível, de qualquer tamanho.

Deixe-se curtir, por tempo indeterminado, em timidez e literatura (o trato de anos é melhor pedida, mas alguns acabam tremendamente impacientes).

Deve-se observar o processo de fermentação; eventualmente uma calda de vocabulário e sentimentos começa a brotar, do mais refinado humor ao mais cru e seco processo auto-destrutivo.

Boa pedida é acrescentar um bloco de notas e um lápis, caneta ou outro instrumento de escrita; idéias começam a brotar a toda hora e lugar nesse período, e o que não se anota para não esquecer perde-se para nunca mais voltar. Olhar vago e certa falta de concentração em intervalos irregulares também são observados; é o ‘processo criativo’ tomando lugar.

Depois, perto do fim, através de prática e erro, começam a surgir as primeiras obras. Não se desaponte se a primeira (dezena) for totalmente jogável no lixo; por vezes mais anos são necessários para maturação e o surgimento de algo que o público geral aprecie, quer o dito autor o reconheça ou não.

Serve-se, pronto. Uma variante da receita é regar em intervalos irregulares com experiências intensas, ao gosto de cada um, levando em conta que certas adições levam a resultados específicos; cinismo, amargura e autocentrismo exagerados, por exemplo, costumam resultar em poetas românticos, góticos, depressivos, psicanalistas e suicidas. Autoritarismo com variáveis de humor ácido geram irônicos ou líderes sociais (ou uma mistura dos dois), e assim sucessivamente.

Ah, e se a receita resultar apenas num crítico literário incapaz de escrever algo próprio, mas propenso a não gostar de nada do que receitas melhores produzam... significa que faltou certa dose de ‘talento’ ou ‘criatividade’ em algum momento do preparo. Melhor sorte da próxima vez.

E, pra quem não curte muito música boa, mas gostaria de saber de onde veio essa idéia, vai a letra original da música do ‘IRA!’. Forte amplexo do Louco, e até semana que vem!

RECEITA PRA SE FAZER UM HERÓI (IRA!)

Toma-se um homem
Feito de nada como nós
Em tamanho natural

Embebece-lhe a carne
De um jeito irracional
Como a fome, como o ódio

Embebece-lhe a carne
De um jeito irracional
Como a fome, como o ódio

Depois, perto do fim
Levanta-se o pendão
E toca-se o clarim
E toca-se o clarim

Serve-se morto
Serve-se morto
morto, morto

Serve-se morto
Serve-se morto

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