sexta-feira, maio 18

CÓPIA MALIGNA

E aí, gente blogueira? Em nome de todos aqueles que... ah, sei lá, que curtem rock, lasanha ou os dois, talvez, saudações do Louco! ^^

Deparando com uma coisa fascinante no jogo Valkyrie Profile – o clássico do Play Um, não a nova versão pro Play Dois – e levando em conta com que freqüência isso rola em desenhos, gibis, mangás a alguns dos meus jogos favoritos, jogo em campo a idéia pra discussão, ou leitura... ou só pro blog ficar com uma cara nova por um tempinho, Gêmeo Malvado de Novo?

Acho que não é novidade, seja você jogador, leitor ou só um fã de desenhos americanos e animes japoneses. Embora a tendência tenha caído um pouquinho, ninguém mais fica surpreso quando tá lá o mais novo Power Ranger, Cavaleiro do Zodíaco ou similar e então, em determinada luta, aparece um cara igualzinho a ele, mas com roupas de cor mais escura, com uma risada ‘maligna’ – vocês sabem, algo parecido com o Pirata Alma Negra – e explicando como a existência dele, ou dela, tem como único propósito acabar com o personagem principal. E talvez aí o cientista ou mente criminosa responsável pela criação da cópia vai e deleita você com uma explicação longa e detalhada sobre como as forças dos dois equivalem e que a esperança deles é que os dois se matem. Heh, de repente é por isso que os vilões se dão tão mal; ô racinha desunida!

A pergunta é, porque os autores se detêm tanto numa coisa tão clichê? Será que todos ficam com preguiça às vezes (pode não parecer, mas criar vilões e monstros originais não é bolinho; às vezes parece que já usaram todas as boas idéias!), ou... tem a ver com imaginar a figura heróica de repente como não tão heróica assim? Afinal, histórias com os caras que deveriam salvar o dia passando pro outro lado também são interessantes, e rolam com uma certa frequência (hmmm, isso pode dar pedal mais pra frente... Tenho que lembrar disso depois)

Mas opino que, no fundo, é uma espécie de auto-confrontação, também. Todo mundo sabe, ou deveria saber, que se tem um inimigo de quem a gente não poderia escapar ou de quem não poderia esconder segredos, esse é o que nós trazemos dentro da própria cabeça. Não importando a auto-imagem que se faça, todo mundo deve tentar ignorar alguns fatos a respeito de si mesmo. Se de repente, por algum capricho do destino – ou de um autor entediado – fôssemos forçados a encarar a nós mesmos e incapazes de evitar que os outros vissem aquelas coisas que sempre tentamos esconder, ia na melhor das hipóteses ser a briga das nossas vidas. Ao menos é a impressão que dá.

Não foi pra menos que Atreiyu, que tinha se saído tão bem com as duas esfinges no primeiro portão, acabou desviando os olhos diante do segundo portão em A História Sem Fim, sendo forçado a encarar uma outra versão de si mesmo. Todo mundo tem seu ponto fraco, e ninguém sabe desses melhores do que nós mesmos. E é por isso, acho, que a idéia de ter um gêmeo malvado parece tão atraente; que inimigo poderia ser pior do que aquele que sabe exatamente do que você tem medo, e onde vai doer mais se acertarem? Será que o herói ou heroína que venceu os maiores inimigos de seu tempo vai se sair tão bem contra a versão inversa do que é?

Uma briga meio difícil de vencer.

É, acho que já deu. Falei um bocado no post anterior, e pode ser melhor parar por aqui. Até mais, e até a próxima visita! E, como acho que já coloquei aqui a música que eu pretendia, The Looking Glass, vou ficando com uma em português mesmo e que vai bem a calhar. Forte amplexo do Louco!

Quatro Vezes Você (Capital Inicial)


Rafael tá trancado há dois dias no banheiro
Enquanto a sua mãe
Toma prozac, enche a cara
E dorme o dia inteiro
Parece muito mas podia ser

Carolina pinta as unhas roídas de vermelho
Em vez de estudar
Fica fazendo poses
Nua no espelho
Parece estranho mas podia ser

O que você faz quando
Ninguém te vê fazendo
O que você queria fazer
Se ninguém pudesse te ver

Gabriel e a namorada se divertem no escuro
E o seu pai acha tudo que ele faz
Errado e sem futuro
É complicado mas podia ser

Mariana gosta de beijar outras meninas
De vez em quando beijar meninos
Só pra não cair numa rotina
É diferente mas podia ser


O que você faz quando
Ninguém te vê fazendo
O que você queria fazer
Se ninguém pudesse te ver

4 comentários:

Vivy disse...

ha! tem tempo pra escrever auqi, mas naum tem tempo pra me mandar um email ne otouto cretino?

Anônimo disse...

Hahahahahahahaha, sabia que ia levar bronca ^^

Nah, vc sabe tão bem quanto eu, cara irmãzinha impávida, que nossos e-mails são obras de arte, peças dignas dos 'Contos Inacabados', ou 'O Senhor dos Anéis'. Pra serem corretamente respondidos, é preciso um trabalho um tantim longo.

Tenha fé (eu pediria paciência, mas acho que isso já deu ^^) que, quando vc começar a perder as esperanças, vai chegar no horizonte a resposta, criança. Até lá, beijão do otouto ~_^

P.S: Otouto cretino foi a melhor! ^^ Vou dormir com a cara dolorida de tanto rir hoje... :D

Ronaldo disse...

Osu !!!!!

Salve Louco !!!
Coincidência demais... Estou tentando tocar essa música na viola essa semana... Gosto bastante dela...
Mas não vou escrever muito hoje pois o meu clone maléfico tá aki do lado...rs


Abraços

Anônimo disse...

Clone maléfico? ^^ Eita, amigo Akira, desde quando vc tem um lado Darris?

Coincidência, indeed! Heh, vc tá me lembrando, eu tenho que trocar o post em breve... ah, mas beleza. Tive uma semana meio cheia. Enquanto isso, tire a música aí no violão e pense no que você faz quando ninguém te vê fazendo ^^

E cuidado com seu clone maléfico ^^ Forte amplexo (tonto de tanto sono...) do Louco!