quarta-feira, setembro 9

VISITANTE (08/09/09)


Doce e suave vem
percebida por ninguém.
Vento e o cheiro da umidade,
perfume de terra molhada.
Lépida entre quem passou,
e quem seu toque ignorou
volta os olhos para o ar.
Dia se tornou noite.

E céu que dourado brilhava
agora escuro se declara.
A presença é do mar bravio
até pra quem nunca esteve lá.

É a tempestade que chega.
Melhor procurar abrigo.
É a tempestade que veio
a todos visitar.
É a tempestade, e traz
tanta imponência consigo.
É a tempestade, e a tempestade
começa já.

Trovões e ventos se agitam.
Lá embaixo alguém grita.
O povo corre, já muito tarde
pra escapar do temporal.
Voz de sereia me chamando
nos vãos de porta assobiando.
Eu vou até ela, não resisto.
Desfruto do recital.

É a tempestade que chega.
Acho que eu vou lá fora.
É a tempestade. Seus raios
cintilam no ar.
É a tempestade, tão bela
e com tanta pressa de ir embora.
É a tempestade, e a tempestade
não vai ficar.

Eu sei dos riscos que ela traz.
Tem evidência até demais.
Pouco na natureza se equipara
a tal força original.
Por mais que se perca, porém,
é preciso ver também
que nada é mais bonito que ela.
Não veio fazer mal.

É a tempestade que chega
Eu devia tentar sair daqui.
É a tempestade, e quebra
feito ondas no mar.
É a tempestade, agora.
Nem que pudesse eu ia fugir.
É a tempestade, e a tempestade
veio pra ficar.

É a tempestade, e a tempestade
veio pra ficar.

(pedindo licença pra impingir mais um dos meus poemas, mas a chuva que avassalou a cidade hoje foi uma das coisas mais lindas que eu já vi, e aproveitando a melodia do Storm, do Blackmore's Night, fiz essa homenagem tardia e sonolenta. Se aquela tempestade fosse uma mulher, eu teria me apaixonado, perdidamente e à primeira vista :) )

Amplexos do Louco

Um comentário:

Anônimo disse...

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