Música da Alma
Olá, gente q bloga! Loucomon, o Ser Eterno (opa, isso é de outro desenho...), digo, Loucomon tá de volta, pra mais um boletim especial sem o qual vcs podiam passar muito bem!
Meu, q sono! Tá, tudo bem, dormi feito um padre hoje, acordando pouco antes de passar ?O Auto da Compadecida?, mas vcs têm q me dar um desconto. Teve show do ?IRA!? com abertura do Russo (um cara q já apareceu no Raul Gil, segundo minha irmã. Canta muito bem músicas q vão de Metallica a Janis Joplin, e com uma voz de acordo. Arrebentou!), e até eu tirar o suor do corpo depois do show e poder deitar de verdade, eram praticamente cinco da manhã.
O show? Bem, sou suspeito pra falar, já q como fã do ?IRA!? eu raramente vou falar mal dos caras (pelo menos, ainda não tive chance, já q os sons deles são maneiros demais pra isso). Mesmo as músicas novas deles têm uma coisa q grupo nenhum já conseguiu fazer (não q eu conheça). As músicas deles ?parecem? com São Paulo.
Uma música q parece uma cidade?, vcs vão dizer. Larga a mão de ser tonho, Louco! Mas é.
Muita gente não sabe, mas vc não ouve uma música com os ouvidos, apenas. E, não, não basta saber a letra pra realmente ?entender? a música. Pra se entender de verdade, vc ?sente? a mesma, ela entra pelos seus ouvidos e vc não só capta ela com o cérebro, nem só com os ouvidos. A música realmente boa dispara gatilhos na sua própria consciência, vc ?enxerga? ela, é capaz de lembrar de alguma coisa ou pessoa q viu ou conhece, ela tem ?cheiro, forma e sabor?.
Quem já teve o privilégio de ouvir Rhapsody, Nightwish ou Shaman, só pra dar exemplos, talvez saiba do q catzo eu tô falando. A introdução de Ancient Winds, primeira faixa do ?Ritual?, é totalmente instrumental e ainda assim eu passeio por planícies de céu cinzento com solo meio arenoso e meio relvado sob um vento gelado q agita meus cabelos a cada vez q eu ouço. Quando vc ouve Black Dragon, do ?King of Nordic Twilight? de Luca Turilli, antes mesmo de ler a letra vc sente o ritmo frenético da fuga de Atriel pelo pântano e à chegada dele na calada da noite a uma vila pequena e poeirenta. Talvez vc descubra isso tudo na letra depois, talvez não, mas se ouvir a música com a devida atenção, mesmo perdendo alguns detalhes, vc vai ?sentir a essência? dela. As portas do conhecimento abrem diante dos seus olhos também, mesmo q por um instante, quando se ouve The Riddler do Nightwish. E vc vê q conhecimento verdadeiro é não tentar saber de tudo, e sim aprender direito a idéia de q nunca se sabe de tudo sobre alguma coisa.
Claro, posso estar polemizando demais uma bobagem, mas é a sensação q eu tenho. E é o q me causa certa dificuldade pra entender alguns outros tipos de música (o forró q toca no bar na frente aqui de casa, com ?Áilóviiú você?. Putz!).
De novo, sem preconceitos. Eu não disse q não ?aceito?. Até pq, não sou tão importante pra ter q aceitar ou não seja lá o q for; sou só um mané metido a palpiteiro. Só não consigo entender muito bem esses gostos.
Q seja. IRA!, com suas músicas q cheiram a São Paulo, q me fazem pensar na casa dos meus primos e tios q eu visitava quando era guri (alguns ainda visito) me fazem pensar em tardes de domingo agradáveis, conversas com pessoas q eu já não vejo faz algum tempo e tempos menos complicados, ou quando eu ainda não via toda a complicação. Ou, melhor ainda, quando o povo não complicava o q tá fácil, nas palavras do imortal Darris. Foi muito legal ir lá no Aramaçan ontem e ouvir até o final, mesmo q entre o show do Russo e do IRA! Tenhamos sido forçados a aturar uma música podre por conta do D.J., q o espaço lá dentro não fosse assim tão bom e q minha garganta doa um pouco da provação ^^. O q importa é q eu gostei. É o melhor q se pode fazer, não?
Amplexos do Louco, e tenham uma semana maneiríssima, galera.
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