quinta-feira, agosto 12

Ainda meio sem assunto...

Então, né gente... Como eu tô muito vagau, mas tbm meio desassuntado das idéias, vou colocar aqui um negócio q minha irmã pegou faz um tempo na revista 'Fórum'. O Texto é de autoria de José Roberto Torero, e dizia nele q podia ser reproduzido, desde q a autoria fosse respeitada. Taí então, seu Torero! E, seu trabalho é maneiro, continue assim!

Bom, puxações de saco à parte, espero q vcs tbm gostem desse texto... Amplexos do Louco


Os ateus têm apenas uma grande certeza na vida: todos morreremos. Vem lá um dia, o coração pára, fechamos os olhos, escorre-nos uma baba e acaba-se tudo numa grande e eterna treva. Já os cristãos, talvez mais criativos, têm uma segunda grande certeza: todos passaremos pelo grande julgamento, o dito Juízo Final, quando Cristo dirá quem subirá aos céus e quem baixará às chamas dos infernos.
Segundo a Bíblia, o Senhor julgará todos os homens e lhes dará seu destino final. Mas parece-me que faltou ao Livro dos Livros especificar os procedimentos legais e burocráticos do Juízo Final. Como será feita a grande fila dos homens que serão julgados pelo Senhor? Por data de nascimento ou de falecimento? E, por acaso, teremos algum rábula para ressaltar nossos atos bons e relativizar nossas maldades? Haverá um diabrete para fazer a função de promotor? E, se formos condenados, teremos direito a um caldeirão menos fervente se formos universitários? Penso no tanto de gente que vai estar esperando seu julgamento. Os ressuscitados devem ser algumas centenas de bilhões de pessoas, o que vai formar uma gigantesca fila que dará várias voltas pelo globo. E, como haverá uma mistura de gente de todas as épocas, poderemos ter encontros absurdos como Gandhi e Hitler, Platão e Nietzsche, Jece Valadão e Roberta Close, São Francisco e Átila, Madre Teresa e Claudiomiro etc.... Por exemplo:
- Essa barba... Você não é o...
- Eu mesmo. E você com esse ar meio bobo não é o...
- Pois é, que coincidência! Finalmente nos vemos cara a cara. Ou melhor, cara a barba.
- Esperei muito por este momento. Pena que já estamos mortos, senão eu o mataria de novo.
- É mesmo? Pois sabe que eu perdoei você.
- Sério?
- Sério. Acho que, de certa forma, até sou seu devedor.
- Não entendi.
- Quando eu assumi a presidência, metade do país estava contra mim. Mas depois do seu atentado eu me tornei unanimidade.
- Não foi minha intenção.
- De qualquer forma, muito obrigado.
- Pensando bem, pode ser que eu talvez lhe deva alguma coisa.
- Agora fui eu que não entendi nada.
- É que antes de sua perseguição ninguém me conhecia. Mas, depois que você me elegeu como seu inimigo número 1, fiquei mais famoso que a Coca-Cola.
- Não foi minha intenção.
- De qualquer forma, muito obrigado. Graças a você eu me tornei um ídolo para muita gente e espalhei minhas idéias pelo mundo.
- Então estamos empatados.
- Um fez bem para o outro.
- Sem você eu só seria um filho do meu pai.
- Sem você eu seria apenas um filho da mãe.
- Bem, a nossa vez está chegando.
- Você primeiro, Dabliu.
- Primeiro você, Bin.
- Eu faço questão.
- Eu também.
- Vá em frente!
- Passe logo!
- Parece que estamos começando outra briga, Dabliu.
- É o que parece, Bin.

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